Rio - Após a reviravolta no caso Jaime Gold — com a confissão da morte do médico feita por um menor que se entregou nesta terça-feira à polícia —, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, chegou a admitir uma possível falha nas investigações. Durante evento realizado no Palácio Guanabara, nesta quarta-feira, Pezão lembrou que "o crime ocorreu à noite", o que pode ter provocado "engano". Disse ainda que mesmo que um dos três menores apreendidos não tenha participação no caso, "não há inocentes", já que todos cometeram diversos delitos.
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"Isso (a investigação) é uma questão da área de Segurança Pública. O importante é que a polícia está prendendo. Quem tem culpa está se entregando. A gente está agindo. E foi um crime à noite. Pode ter havido um engano", declarou o governador, ressaltando as ocorrências envolvendo os menores.
"Há três pessoas presas que assaltavam na Lagoa e em outros lugares. Não há inocentes ali. Todos vivem em função de assaltos não só no entorno da Lagoa. Acho que o mais importante é isso, que a polícia está trabalhando. Mês a mês reduzindo índices. As falhas a gente tem que corrigir. É inadmissível ter erros ainda mais quando uma pessoa é acusada de um crime que não cometeu, mas todos os três cometeram delitos ali. Quem matou? Eles vão chegar, vão fazer as acareações e tenho certeza que eles vão chegar a quem de a facada no médico", afirmou o governador.
Pezão chegou a sugerir ainda um debate sobre a redução da maioridade penal no Congresso Nacional. "A Segurança Pública é minha responsabilidade. Não a transfiro. Mas a gente provocou um debate e acho que está sendo necessário a Justiça e o congresso Nacional se mexerem. É necessário mudar o Código Penal e as penas. É isso que tem que se fazer. Qual a sociedade que a gente quer? Não é trivial se prender 15 vezes e estar solto", disse Pezão.
Terceiro adolescente se entregou e confessou o crime
Nesta terça-feira, um adolescente se entregou à polícia e confessou a autoria da morte do médico, na Lagoa. A confissão provocou uma reviravolta no caso, já que a Divisão de Homicídios (DH) havia oncluído as investigações.
Dois menores já haviam sido apreendidos e internados em unidade do Degase. O primeiro deles foi encontrado no dia 21 de maio em Manguinhos e foi levado para o Degase apesard e ter negado participado do assalto. A defesa do menor informou que pedirá o habeas corpus do adolescente.
