
Rio - O menino Samuel Goulart Freire dos Santos, de 6 anos, foi sepultado no início da tarde desta terça-feira, no Cemitério de Inhaúma, na Zona Norte. Ele morreu na noite do último domingo, ao sofrer uma descarga elétrica num parque de diversões que funcionava de forma irregular na Avenida Itaoca, no Complexo do Alemão. Cerca de 150 pessoas, entre parentes e amigos acompanharam o enterro.
No momento do acidente, por volta das 21h, Samuel estava acompanhado da mãe, Paula Andreia Freire Costa, de 38 anos, e da irmã de 9 anos. O menino Guilherme Furtado Jorge, de 8 anos, também foi eletrocutado. Ele foi atendido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Alemão e liberado em seguida. O secretário de Ordem Pública, Leandro Matieli, reconheceu nesta terça-feira que houve um erro na fiscalização da prefeitura.
"Esse parque estava funcionando há dois finais de semana e foi uma falha não ter tido nenhuma ação fiscal. Por isso, eu determinei a abertura de uma sindicância pela corregedoria para apurarmos aonde foi essa falha e identificar os responsáveis", disse em entrevista ao RJTV.
Assim como a Seop, o advogado do Looping Park, Hugo Novais, admitiu que o local não tinha permissão para funcionar. "Com relação a documentação, é fato que se ele não possuía a documentação, que é o alvará, e que não possuía a documentação dos órgãos públicos para efetivar a autorização, em sombras de dúvidas que estavam operando irregularmente. Isso é um fato, não se questiona. Mas o que se questiona, é que se efetivamente houve nexo de casualidade é entre o evento danoso, que é a morte do menor e a ação ou omissão por parte do parque. É isso que vai ser apurado", diz.