Rio - O movimento pela legalização do jogo no país, que está sendo pilotado pelo Governo Federal como forma de gerar caixa e que ganhou a adesão explícita do Ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, deverá ter reflexo no turismo da Barra, um dos locais mais indicados para implantar um cassino no Rio. O movimento tem adesão da Associação Hoteleira, cujo presidente, Alfredo Lopes, se preocupa em gerar demanda para os novos hotéis. “São 13 mil quartos precisando de hóspedes, e um cassino que siga o modelo europeu passa a ser uma grande âncora para o turismo na cidade”, afirma Alfredo Lopes.
A Associação Hoteleira convidou Mário Assis Ferreira, presidente do Conselho de Administração da Estoril Sol, operadora dos principais cassinos portugueses (Estoril, Lisboa e Figueira da Foz), para uma reunião com as principais lideranças empresariais da Barra, já agora, no final de novembro.
O modelo português utiliza a carga tributária arrecadada pelos Cassinos para investimentos da promoção e em equipamentos ligados ao turismo. O Cassino Estoril, um dos maiores da Europa, é um centro de entretenimento com shows, atrações culturais e grandes espetáculos. Assis Ferreira frisa: “somos um centro de diversão onde também tem jogo.”
A ideia dos empresários é utilizar uma das novas locações da Olimpíada para abrigar o Cassino da Barra. Entre as edificações, a preferida é o recém-entregue Centro de Mídia e TV. Um outro especialistas nesta união Jogo e Turismo, também convidado pelos hoteleiros é Sergio Ricardo de Almeida, ex-secretário estadual de turismo e atual presidente da Loterj.
Especialista em Brasil
Mário Assis Ferreira conhece bem o mercado brasileiro. Foi diretor do Café Cacique no Rio durante o período da Revolução dos Cravos e, há muito tempo, estuda a implantação de cassinos por aqui. Chegou a ter um projeto pronto para a Zona Portuária e agora aposta que o cassino da Barra poderá ter o mesmo efeito de desenvolvimento que o jogo teve para a região do Estoril.
Derrota olímpica
O COI devolveu oito mil diárias hoteleiras. Deste total, 45% foram na Barra. Tudo previsto em contrato. Seria normal se, no período, não tivesse incentivado a venda de diárias no site AirBnB. Os hoteleiros estavam travados e o camelô da hotelaria fazia a festa.
Luz amarela
Muita gente está apreensiva com os próximos passos da PDG, uma das construtoras de maior presença na Barra. A retração do mercado imobiliário pode levar a empresa a adotar medidas extremas para enfrentar a crise. O setor vem sofrendo, especialmente nos comerciais.
Despedida
Empresas paulistas que apostavam surfar no mercado carioca estão batendo em retirada. A Rossi Engenharia já anunciou o fim da sua temporada fluminense. Vai focar nas suas raízes paulistanas e dizer adeus ao balneário. Outras paulistas estão na mesma rota.
Curtas
Será inaugurada hoje a Escola Carvalho Hosken de Hotelaria, no Hilton Barra. Trata-se de uma bela parceria entre a empresa Carvalho Hosken e a instituição RioSolidário. A ideia é encaminhar jovens de comunidades carentes para o mercado de trabalho.
Neste final de semana a Orquestra Sinfônica Brasileira irá receber o compositor e pianista americano Conrad Tao, de apenas 21 anos. As duas apresentações acontecerão no Theatro Municipal, no sábado, e na Grande Sala da Cidade das Artes, no domingo.
A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP) aprovou o relatório que pede aprovação do projeto de lei que inclui guias de turismo, instituições de ensino universitário e turismólogos como prestadores de serviços turísticos. O projeto é de autoria do deputado federal Otávio leite, do PSDB-RJ.
Amanhã começa a Feira do Empreendedor 2015, promovida pelo SEBRAE. Dentre as empresas participantes, a Otimiza, especializada em gestão de vale-transporte, contará com o sistema de Robôs Virtuais, que irá facilitar a criação do Bilhete Único para os participantes do evento.
Barra Grill - Dois artistas globais, um deles carimbado como love de uma ex-Neymar, jantavam em clima de olho no olho na última segunda. Saíram do restaurante abraçados em clima de eternos amigos. Ficaram horas em conversa. Coisa de Mauricinhos...
Coluna de Cláudio Magnavita