Por karilayn.areias

Rio - O jurado do quesito Bateria afastado horas antes do início dos desfiles das escolas de samba do Grupo Especial, Fabiano Rocha, e o coordenador da comissão de Carnaval da Beija-Flor, Laíla, devem depor nesta segunda-feira na Delegacia Fazendária (Delfaz) sobre as acusações de uma eventual armação no julgamento das agremiações. Em entrevista para o colunista Leo Dias, do DIA, Laíla contou que, antes do início dos desfiles, estaria circulando uma gravação de conversa telefônica em que Fabiano Rocha dizia que tiraria pontos da Beija-Flor, Salgueiro e da Imperatriz. Após a denúncia, Fabiano foi afastado do júri e nem chegou a avaliar as escolas.

Laíla (foto) e ex-jurado da Liesa, Fabiano Rocha, devem prestar depoimento na segunda-feira Bruno de Lima / Agência O Dia

Na transcrição do suposto áudio, publicada ontem pela imprensa, Fabiano teria dito, no entanto, que também deveria prejudicar a Tijuca. Segundo um jornal, o ex-jurado explica, na gravação, que tiraria pontos de escolas que deu 10 no ano anterior e que daria 10 para escolas que teria penalizado no Carnaval passado. “É muito possível que eu vá tirar (pontos) da beija-Flor, que eu vá tirar do Salgueiro, que vá tirar da Tijuca. É uma questão de política, de inteligência. (...) Eu não posso perder a boquinha”, diz ele, segundo o jornal. 

Ao ‘RJ TV’, Fabiano negou que houve armação para resultados e que as declarações foram retiradas de contexto. Além de fraude, a Delfaz investiga se o dinheiro repassado pela Prefeitura para as escolas (cada uma levou R$ 2 milhões) teria sido utilizado no esquema de irregularidades.

Você pode gostar