Por bianca.lobianco

Rio - Poucos são aqueles que, em vida, foram homenageados pelos versos rimados da literatura de cordel. “Não é qualquer um que tem esse mérito, não”, nos ensina o presidente da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, Gonçalo Ferreira da Silva, do alto dos seus 93 anos. “Normalmente, as homenagens são póstumas”, garante.

Assim como poucos são os Severinos que fogem da miséria do Nordeste e conquistam espaço, respeito e admiração na cidade grande. O repórter fotográfico Severino Silva, do DIA, conseguiu. E sua história de força, superação e muito talento virou folheto de cordel, pelos versos do poeta popular Manoel de Santa Maria.

Ser homenageado em vida%2C no cordel%2C como foi Severino%2C é raridade João Laet / Agência O Dia

‘Severino Silva — O fotógrafo da Fé, da Luz, das Sombras (sem sombras de dúvida)’ narra a trajetória desse artista da imagem real, desde o tempo em que criança, no sertão da Paraíba, desenhava os bichos que as nuvens formavam. O título do Cordel faz menção à concorrida exposição de Silva no Centro de Tradições Nordestinas, a popular Feira de São Cristóvão, que já recebeu mais de 30 mil visitantes, desde que foi inaugurada há menos de dois meses.

“Estou muito emocionado com essa homenagem. É um dos melhores prêmios que ganhei na vida”, afirma Severino.

A exposição fica na Feira até 17 de março. Depois vai para o Odeon, na Cinelândia.

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