Por gabriela.mattos

Rio - Políticos governistas comemoraram nesta quarta-feira o que classificavam de impacto negativo das imagens que mostravam Eduardo Cunha na reunião do PMDB que decidiu pelo rompimento do partido com Dilma Rousseff.

Segundo eles, a presença do presidente da Câmara, acusado de ter contas secretas na Suíça, enfraqueceu a ligação do impeachment com a luta contra a corrupção. “Pegou muito mal, inclusive entre os deputados”, disse um peemedebista que se mantém fiel a Dilma.

Fora de foco
Aliados de Michel Temer também não gostaram de ver Cunha em lugar de destaque na reunião. “Temer, os ministros e o Renan (Calheiros, presidente do Senado) não foram por conta de seus papéis institucionais. Esperávamos que o Cunha fizesse o mesmo”, afirmou um amigo do vice.

Briga tucana
Ao dizer que não discutiria nomes para um eventual governo Temer, Aécio Neves disparou uma farpa para José Serra. Em entrevista, o senador paulista já definira critérios para a formação do ministério e até garantira que o PSDB estaria na equipe.

Esforço pela presença
O PSDB decidiu concentrar esforços para garantir a presença de deputados na votação que decidirá sobre abertura do processo de impeachment. Os oposicionistas, que precisam de 342 votos, temem que muitos parlamentares prefiram não aparecer no plenário. 

Os faltosos
Segundo os tucanos, entre 45 e 50 deputados costumam faltar às sessões.

O PTN
Na busca de votos contra o impeachment, Dilma deverá confirmar a entrega da Funasa para o PTN. Curiosidade: Eduardo Cunha ajudou a engrossar a bancada do partido, que passou a contar com 13 parlamentares. No Estado do Rio, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, tem dado muita força à legenda.

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