Segundo a Deam, o estupro aconteceu no dia 14, na garagem da residência da família, em um bairro do distrito de Conselheiro Paulino. Na ocasião, a adolescente e seu irmão, de 12 anos, estavam sozinhos com o padrasto, porque a mãe precisou ir para outra cidade cuidar de um familiar doente.
A mãe e o padrasto da vítima estavam juntos desde que ela tinha apenas um ano de idade e, durante esses anos, ele nunca teria usado de violência contra a enteada, sendo descrito como “sendo como um pai, sempre muito carinhoso”. No dia da agressão, a adolescente e o padrasto tinham saído para ir ao mercado, deixando o irmão mais novo em casa. Na volta, na garagem, ainda dentro do carro, ela foi ameaça e forçada a fazer sexo com o suspeito.
Ainda de acordo com a vítima, o padrasto mudou o tom, tornando-se agressivo e a ameaçou: “Quero que fique comigo. Ou você faz sexo comigo ou vou te matar e sumir”. Com medo, uma vez que o padrasto teria sido o responsável pela morte do seu pai biológico, crime pelo qual chegou a cumprir pena e que teria sido motivado pelas agressões sofridas pela vítima e sua mãe nas mãos do pai, a adolescente obedeceu a ordem de ir para o banco de trás do carro, onde aconteceu o estupro.
Após o estupro, sob ameaças para que não revelasse o ocorrido para ninguém, a vítima guardou segredo da agressão até que nesta quarta-feira, sabendo que ficaria novamente sozinha com o irmão, sob os cuidados do padrasto, e temendo sofrer nova violência, ela contou para para a mãe, que retorno para casa e seguiu com a adolescente para a delegacia especializada.
Enquanto registrava a ocorrência na Deam, o suspeito ligou várias vezes para o celular da vítima, sendo então realizada a prisão em flagrante pelos agentes da especializada pelo crime de ameaça, na forma da Lei Maria da Penha.