Eles tiveram noções de enfermagem, fonoaudiologia, fisioterapia, psicopedagogia, terapia ocupacional e assistência social, além de primeiros socorros. Em dezembro haverá a mesma capacitação para professores e orientadores escolares.
“Os agentes de apoio vão atuar nas escolas com crianças com deficiência ajudando todos os professores nesta inclusão. Eles vão facilitar o processo de inclusão e humanizar ainda mais o contato entre eles. Nas escolas pode haver intercorrências e temos que saber como agir, quais os cuidados, pois acabam acontecendo casos de crianças tendo convulsão, engasgos e quedas", afirmou Denise Flávio Botelho, superintende de gestão da Secretaria de Saúde e uma das responsáveis pelo Casf.
Segundo a secretária de Educação de Nova Iguaçu, Maria Virgínia Andrade, a capacitação teve como objetivo oferecer aos profissionais de apoio à inclusão informações sobre o trabalho pedagógico para as pessoas com deficiência. “A formação teve três eixos centrais. Os processos de aprendizagem, os cuidados específicos com o manejo do aluno com deficiência no espaço escolar e orientação e mobilidade”, enfatizou.
Este ano, há 1.458 alunos de inclusão acompanhados por agentes de apoio à inclusão e professores especialistas para atender alunos cegos, surdo-cego, baixa visão, surdos, com AAE em libras para ensinar a língua de sinais e intérprete de libras, além de professores especialistas para atendimento em deficiência múltipla, autismo e deficiência intelectual. Em 2018, havia 1.178 alunos. O percentual de aumento foi de 23% de matrículas novas.
“É importante passar todos os conhecimentos sobre primeiros socorros para que os apoiadores possam agir de forma correta durante uma intercorrência. Na sala de aula pode haver mordidas entre os alunos, dedo na tomada, engasgos, mas uma atitude feita corretamente pode salvar uma vida. Temos que garantir a integridade da criança”, destacou o enfermeiro Denilson Evangelista, que palestrou no Casf sobre os conhecimentos básicos dos primeiros socorros.
Agente de apoio na Escola Municipal Júlio Rabelo Guimarães, no bairro Dom Henrique, Paulo Reina acredita que a capacitação será fundamental para melhorar a aproximação com os alunos. “Ainda quero ser um multiplicador e poder ensinar na escola um pouco do que aprendi durante a capacitação. Achei muito importante falar sobre primeiros socorros. A escola vai estar mais preparada e capacitada para cuidar melhor dos alunos”, concluiu.