Por gabriela.mattos
Rio - O Sistema Nacional de Emprego (Sine) do Rio de Janeiro chega ao fim de 2017 renovado e com boas notícias para comemorar. Mesmo num contexto de crise econômica brutal assolando o estado, e desemprego conjuntural na casa dos 13 milhões, a Secretaria Estadual de Trabalho e Renda (Setrab) deu início a um processo de modernização do programa que permitiu o crescimento de 13% no número de trabalhadores que voltaram ao mercado entre janeiro e outubro, comparado ao mesmo período de 2016.
Esse índice chegou a 49% nos primeiros seis meses do ano, com um pico de 75% entre março e maio. Tudo graças à melhora do serviço de intermediação de mão de obra, um dos muitos oferecidos pelos postos do Sine, administrados pela Setrab, que aproxima as ofertas de quem está procurando trabalho, ampliando o aproveitamento das chances. Assim, entre janeiro e outubro deste ano, a Setrab conseguiu efetivamente recolocar no mercado de trabalho 4.538 pessoas, contra 4.012 em 2016.
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Em menos de um ano remanejamos postos para endereços mais próximos do trabalhador, em instalações que oferecem conforto, segurança e acessibilidade. Isso foi possível graças a parcerias com shoppings e prefeituras, que oferecem a estrutura, enquanto a secretaria arca apenas com luz e IPTU. A economia chegou a R$ 50 mil por agência, por ano.
A expansão da rede e o novo perfil das unidades trouxeram um novo público para o Sine: hoje nove delas se localizam em shoppings Campo Grande, Recreio, Jacarepaguá, Irajá, São Gonçalo, Sulacap, Santa Cruz, Alcântara e Guadalupe e duas em municípios da Região Metropolitana Queimados e Seropédica. Em breve será reinaugurada a 12ª agência, em Barra do Piraí.
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A modernização dos postos do Sine, no entanto, foi apenas uma das medidas tomadas diante do cenário que encontramos em janeiro. Com recursos contingenciados, a solução foi, além de contar com a criatividade, arregaçar as mangas.
A prestação de contas de um convênio do Sine com o governo federal que se encontrava paralisado trouxe novos recursos para o caixa da Setrab. As parcerias com as prefeituras que viabilizaram os novos postos do Sine forneceram funcionários e aporte logístico, com capacitação de servidores. Convênios com empresas e ongs também proporcionaram novos cursos de qualificação.
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A busca de um desempenho melhor se deu ainda por meio de ações proativas, como a transformação da Casa do Trabalhador em incubadora de empresas de economia solidária. A nova unidade, na Ilha do Governador, oferece dez cursos a cerca de 200 pessoas. A matriz, em Manguinhos, completou este ano quatro anos com 50 mil atendimentos.
Outra preocupação da Setrab é a inclusão no mercado da pessoa com deficiência (PcD). Em setembro realizamos o Circuito D, programa que reuniu mais de 60 empresas e dois mil trabalhadores. Também está em tramitação o projeto que cria a Casa de Inclusão da Pessoa com Deficiência, que permitirá a consolidação de uma política afirmativa de inclusão produtiva, com atendimento específico e qualificado.
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Para além de nossa missão, esperamos que já no próximo ano se consolide a retomada de crescimento, com geração de novos postos de trabalho. Um novo cenário que, aliado ao novo perfil de gestão com atuação proativa e custos reduzidos, certamente trará dias melhores para o trabalhador fluminense.
Milton Rattes é secretário estadual de Trabalho e Renda