Eduardo Eugenio Govêa Vieira, presidente da FIRJAN
Eduardo Eugenio Govêa Vieira, presidente da FIRJANRenata Mello/Divulgação Firjan
Por Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira*
Há pouco mais de um ano, em 11 de março de 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarava a pandemia de covid-19. Era o prenúncio do que se tornaria a maior crise de Saúde em mais de um século. O combate ao coronavírus vem exigindo a dedicação principalmente dos profissionais da área de Saúde. E gostaria de comentar também a contribuição da indústria fluminense.
Apenas dois dias depois da decretação da pandemia, o Sistema Firjan, representação da indústria em nosso estado, lançou o Programa Resiliência Produtiva - um conjunto de medidas para o enfrentamento da crise trazida pela covid-19, dividido em três frentes: Propostas, Mobilização e Conteúdo.
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Fizemos quase uma centena de proposições prioritárias aos governos federal e estadual e prefeituras, para manter o funcionamento das empresas, o abastecimento e os postos de trabalho. Oitenta por cento dessas propostas foram atendidas.
Lançamos, através da Firjan SESI, um programa de testes Covid-19 para todos os trabalhadores da indústria fluminense. Foram oferecidos gratuitamente para as indústrias de pequeno porte, com até cem funcionários, e a preço de custo para as indústrias de grande e médio portes. Mais de 36 mil trabalhadores fizeram os testes gratuitos.
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Nossa mobilização, em que atuamos ao lado de sindicatos e empresas industriais, resultou na doação de mais de quatro milhões de itens para a rede pública de Saúde. Além de equipamentos de proteção como máscaras, luvas e uniformes, foram doados milhares de litros de álcool em gel e álcool a 70% processados, envasados e transportados pela indústria.
E, também, oferecemos informações para um retorno seguro de empregados das indústrias e da produção. Foram elaborados 18 manuais por técnicos da Firjan SESI, entre eles o Guia de Orientações para a Retomada Segura das Atividades Industriais, detalhando recomendações da OMS e exigências de Segurança e Saúde do Trabalho.
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A manutenção das atividades das indústrias permitiu o enfrentamento da pandemia sem desabastecimento de produtos básicos, como alimentos, e o atendimento a um inesperado e inédito aumento no consumo de itens ligados à Saúde. Setores como farmacêutico, plástico, têxtil e papel e papelão, só para citar alguns, deram uma contribuição inestimável para conforto da população.
Não é difícil imaginar o que aconteceria em caso de paralisação de atividades industriais neste momento tão dramático. Daí a importância de se garantir que seja mantido o pleno funcionamento das indústrias, ainda mais com os números tão alarmantes de casos de covid-19 nas últimas semanas.
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Nossa atuação entrou agora em mais uma fase. Em parceria com a Prefeitura do Rio passamos a oferecer a Casa Firjan, em Botafogo, como um posto de vacinação. Esperamos que até abril sejam vacinadas, neste espaço, seis mil pessoas.
Não existe futuro sem vacina, e somente com a ajuda da Ciência vamos, finalmente, derrotar a pandemia. E nesta cruzada a sociedade fluminense sempre terá a contribuição da indústria de nosso estado.
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*É presidente do Sistema Firjan