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Luciano Stutz: Preparando a chegada da tecnologia 5G

O Estado do Rio de Janeiro se candidata a ser prioritário na implantação da tecnologia de quinta geração

Luciano Stutz, presidente da Associação Brasileira de Infraestrutura para Telecomunicações (Abrintel)
Luciano Stutz, presidente da Associação Brasileira de Infraestrutura para Telecomunicações (Abrintel)Divulgação
Por Luciano Stutz*
Em 1998, comprei meu primeiro telefone celular. Ele tinha uma opção de operadora e de tecnologia, funcionava só em algumas cidades do Rio, mas já era digital e inovadoramente enviava mensagens de texto. Um luxo. Os anos se passaram e os smartphones com tecnologia de quarta geração (4G) agora têm internet rápida, pegam em todas as cidades do estado e você pode escolher quase tudo. Não gostou? Troca o aparelho, troca o plano de serviço, troca até a operadora.
Com a aprovação do Edital de Licitação pela Anatel em 25 de fevereiro, preparamos a chegada do 5G, a tecnologia de conectividade que permite os carros autônomos, a realidade aumentada, a telemedicina avançada e outras novidades impensáveis até agora. Pelo edital, a Cidade do Rio de Janeiro já terá a tecnologia 5G em julho de 2022 e as cidades fluminenses acima de 500 mil habitantes até julho de 2025. Já os municípios com mais de 200 mil habitantes, até julho de 2026. O edital prevê também obrigações de levar o 4G a trechos descobertos de estradas e localidades remotas desatendidas, o que beneficia a periferia das cidades e as zonas rurais.
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O desafio, entretanto, passa por instalar a infraestrutura necessária para o 5G. As legislações e processos dos municípios ainda são muito restritivas à implantação das torres, postes e topos de prédio que recebem as antenas que, no 5G, serão cinco vezes mais numerosas que no 4G. Essas restrições vêm, por vezes, da falta de atualização das leis – algumas delas feitas na época do 2G e para equipamentos muito maiores que usados hoje no 5G – ou por enquadrarem essa infraestrutura como edificações e não equipamentos e assim, exigirem recuos e distanciamentos não compatíveis que inviabilizam os novos tipos de suporte, como as
fachadas dos prédios e o mobiliário urbano, já usados em outros países que têm o 5G.
Pensando no poder que o 5G tem para contribuir com o desenvolvimento econômico e com a redução da desigualdade social, o Estado do Rio inovou e publicou a Lei 9.151 de 2020 criando programa de estímulo à conectividade no estado. Esta medida simples e eficaz possibilita convocar os municípios na tentativa de alinhar a legislação e os processos de licenciamento da infraestrutura de telecomunicações, com o objetivo de desburocratizar e viabilizar investimentos no 5G por entes privados, sem emprego de qualquer recurso
público. Um golaço que candidata o Estado do Rio de Janeiro a ser prioridade na implantação da tecnologia de quinta geração.
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Para os compromissos de levar o 4G a regiões não cobertas, o edital da Anatel indica que as operadoras poderão priorizar a escolha das localidades que já tenham leis atualizadas, incentivo adicional a participar desse movimento de modernização e ganhar mais conectividade. A Lei, criada aqui, já foi replicada em projetos de lei idênticos no Mato Grosso e Minas Gerais, além de ser estudada em outros estados, o que mostra que a ideia é acertada. Em 2022 provavelmente meu telefone será 5G.
*É presidente da Associação Brasileira de Infraestrutura para Telecomunicações (Abrintel)
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O Estado do Rio de Janeiro se candidata a ser prioritário na implantação da tecnologia de quinta geração

Luciano Stutz, presidente da Associação Brasileira de Infraestrutura para Telecomunicações (Abrintel)
Luciano Stutz, presidente da Associação Brasileira de Infraestrutura para Telecomunicações (Abrintel)Divulgação
Por Luciano Stutz*
Em 1998, comprei meu primeiro telefone celular. Ele tinha uma opção de operadora e de tecnologia, funcionava só em algumas cidades do Rio, mas já era digital e inovadoramente enviava mensagens de texto. Um luxo. Os anos se passaram e os smartphones com tecnologia de quarta geração (4G) agora têm internet rápida, pegam em todas as cidades do estado e você pode escolher quase tudo. Não gostou? Troca o aparelho, troca o plano de serviço, troca até a operadora.
Com a aprovação do Edital de Licitação pela Anatel em 25 de fevereiro, preparamos a chegada do 5G, a tecnologia de conectividade que permite os carros autônomos, a realidade aumentada, a telemedicina avançada e outras novidades impensáveis até agora. Pelo edital, a Cidade do Rio de Janeiro já terá a tecnologia 5G em julho de 2022 e as cidades fluminenses acima de 500 mil habitantes até julho de 2025. Já os municípios com mais de 200 mil habitantes, até julho de 2026. O edital prevê também obrigações de levar o 4G a trechos descobertos de estradas e localidades remotas desatendidas, o que beneficia a periferia das cidades e as zonas rurais.
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O desafio, entretanto, passa por instalar a infraestrutura necessária para o 5G. As legislações e processos dos municípios ainda são muito restritivas à implantação das torres, postes e topos de prédio que recebem as antenas que, no 5G, serão cinco vezes mais numerosas que no 4G. Essas restrições vêm, por vezes, da falta de atualização das leis – algumas delas feitas na época do 2G e para equipamentos muito maiores que usados hoje no 5G – ou por enquadrarem essa infraestrutura como edificações e não equipamentos e assim, exigirem recuos e distanciamentos não compatíveis que inviabilizam os novos tipos de suporte, como as
fachadas dos prédios e o mobiliário urbano, já usados em outros países que têm o 5G.
Pensando no poder que o 5G tem para contribuir com o desenvolvimento econômico e com a redução da desigualdade social, o Estado do Rio inovou e publicou a Lei 9.151 de 2020 criando programa de estímulo à conectividade no estado. Esta medida simples e eficaz possibilita convocar os municípios na tentativa de alinhar a legislação e os processos de licenciamento da infraestrutura de telecomunicações, com o objetivo de desburocratizar e viabilizar investimentos no 5G por entes privados, sem emprego de qualquer recurso
público. Um golaço que candidata o Estado do Rio de Janeiro a ser prioridade na implantação da tecnologia de quinta geração.
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*É presidente da Associação Brasileira de Infraestrutura para Telecomunicações (Abrintel)
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