Opiniao 09 junhoArte Paulo Márcio

Por Fábio Queiróz*
Sustentabilidade é o tema da vez. A cada roda de conversa, você escuta alguém falando sobre o assunto. A cada reunião, há algum tópico relacionado ao tema. E isso ficará cada vez mais em evidência. O tema é relevante e precisa permear todas as áreas e segmentos da sociedade. Um deles é o varejo.
Embora muitas das tendências de varejo estejam relacionadas ao uso de tecnologia, ações sustentáveis e que promovam o respeito ao meio-ambiente, através de práticas de consumo menos agressivas, precisam ocupar uma posição de destaque na estratégia dos negócios.
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O assunto ganha espaço não somente pela sensibilidade ao tema, ou o ganho de imagem que a empresa e suas marcas podem alcançar porque faz sentido economicamente. Na prática, integrar aspectos econômicos, ambientais e sociais diminui custos — principalmente futuros — reduz riscos, evita desperdícios e gera lucros. E ainda, num investimento de longo prazo, constrói relacionamentos sólidos e duradouros com os públicos da empresa, em especial colaboradores, clientes e a comunidade do seu entorno, estabelecendo vínculos de confiança e lealdade.
É com esse mote que temos o orgulho de falar que o Rio de Janeiro foi o primeiro estado do país a banir a distribuição das sacolas plásticas nos estabelecimentos comerciais. Na cidade de São Paulo, a lei municipal 15.374/2011 entrou em vigor no ano de 2015. Na capital paulista as redes de supermercados estão proibidas de vender as sacolinhas de bioplástico com seus logotipos. Os estabelecimentos apenas podem comercializar as sacolas que não contém o logo da empresa, para que o consumidor não exerça propaganda ou publicidade gratuitamente e ainda pague por ela.
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A partir do dia 26 de junho de 2019, entrou em vigor no Estado do Rio de Janeiro a Lei 8006/18, que afeta todo o comércio varejista proibindo a distribuição das sacolas plásticas convencionais, produzidas com 100% de petróleo virgem. Os estabelecimentos comerciais passaram a disponibilizar novas sacolas, produzidas com mais de 51% de fontes renováveis a preço de custo, incluindo impostos. Ou seja, sem obter lucros com tal medida.
A Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj) entende que se trata de uma lei educativa e ecológica, que beneficia o estado e, por isso, além de apoiar a causa, capacita seus associados. Além disso, a entidade lançou uma campanha para orientar a população sobre a importância de usar sacolas retornáveis e ajudar na preservação do meio ambiente.
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Com o mote “Use sacolas retornáveis. Desplastifique já! Supermercados do Rio e você, juntos pela redução das sacolas plásticas”, a campanha buscou fazer as pessoas repensarem sobre o uso indiscriminado, orientar de forma geral sobre o impacto do produto no meio ambiente e as consequências disso na vida de cada pessoa, buscando a mudança de hábitos para um consumo mais consciente.
Com essa iniciativa, em um ano, dois bilhões de sacolas plásticas foram retirados do meio ambiente. Prestes a completar dois anos de lei, é preciso celebrar a conquista em nome do nosso planeta, reforçando que o Dia Mundial do Meio Ambiente deve ser lembrado diariamente. Esse grande feito foi o primeiro passo para o setor evoluir e se tornar cada vez mais consciente e sustentável. Ficamos extremamente gratos com o resultado, que mostra como podemos ir muito além e contribuir ainda mais para o meio-ambiente e a cidade do Rio de Janeiro.


*É presidente da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro - ASSERJ