Guilherme Fonseca - presidente do Instituto Estadual de Engenharia e Arquitetura (IEEA)Divulgação

Por Guilherme Fonseca Cardoso*
A RJ-116 é uma das mais importantes rodovias sob jurisdição estadual. De acordo com o Plano Estratégico de Logística e Cargas (PELC/RJ 2045) a rodovia integra o Eixo Rodoviário Região Serrana – Noroeste Fluminense, com papel de destaque no conjunto de rodovias estaduais que integram esse eixo logístico de alto nível de serviço entre a Região Metropolitana do Rio de Janeiro, a Região Serrana, o Norte e o Noroeste.
Entre as cargas transportadas neste eixo logístico estadual estão peças de vestuário, produtos do polo metalmecânico, cimento, diferentes alimentos - incluindo laticínios e produtos agrícolas - além de rochas ornamentais. A via parte do entroncamento com a BR-101, no município de Itaboraí, e vai até o entroncamento com a BR-356, no distrito de Comendador Venâncio, em Itaperuna.
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Considerando estratégias de desenvolvimento regional, o prolongamento do seu traçado, a partir do entroncamento com a BR-356, possibilitaria a integração da região do estado que é a maior produtora de café, localizada entre os municípios de Porciúncula e Varre-Sai, com o eixo logístico ao qual a RJ-116 se integra como rodovia de destaque. A ligação melhoraria, também, o acesso às unidades das centrais de abastecimento do Estado do Rio de Janeiro (Ceasa) do Norte e Noroeste fluminense, localizadas respectivamente nos municípios de São José de Ubá e Itaocara.
O novo traçado conectaria o entroncamento com a BR-356 ao cruzamento da RJ-220 com a RJ-230, em Porciúncula. A extensão da RJ-116 até a divisa com Minas Gerais, em Porciúncula, favoreceria mutuamente o desenvolvimento de diversos setores e microrregiões do Noroeste. Em determinado ponto haveria, também, o cruzamento com a RJ-214, principal acesso rodoviário a Raposo, polo turístico e estância hidromineral de grande importância no Sudeste brasileiro. A RJ-214 liga as cidades de Natividade e Varre-Sai.
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Além disso, a proximidade da RJ-116 com a MG-111, em Minas, propiciaria incentivo ao fluxo comercial e de serviços da região de Carangola e Espera Feliz em favor das regiões de Santo Antônio de Pádua e Miracema, pelas facilidades de acesso com a redução da distância e a possibilidade do desenho de novas linhas de ônibus intermunicipais e interestaduais. Dentro deste mesmo arranjo viário, essa nova conexão beneficiará Porciúncula, Natividade e Varre-Sai pela alternativa de acesso direto à microrregião de Santo Antônio de Pádua, que ao lado de Itaperuna, representam os maiores centros de comércio e serviços do Noroeste fluminense.
Entre os projetos estruturantes do PELC/RJ 2045, no Eixo Rodoviário Região Serrana – Noroeste Fluminense, estão apontadas diversas diretrizes para a infraestrutura viária do Noroeste voltada para a RJ-116, RJ-214 e RJ-220, como a adição de faixas extras e duplicações. O prolongamento da RJ-116 poderá contemplar, numa única ação, diversas estratégias. É preciso, portanto, trabalhar para implementar os projetos.
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*É arquiteto e urbanista, gestor público e presidente do Instituto Estadual de Engenharia e Arquitetura (IEEA)