Nicola Miccione - secretário estadual da Casa CivilDivulgação

A falta de água e coleta de esgoto no Brasil é um problema que se arrasta por gerações. De acordo com o Sistema Nacional de Informações de Saneamento, a desigualdade social está diretamente ligada à falta de saneamento básico. No Estado do Rio de Janeiro, de cada 100 pessoas, 35 não têm acesso à coleta de esgoto, o que representa 6,1 milhões de fluminenses.
Destrinchando ainda mais esses números, quem não tem acesso a esses serviços possui em média sete anos de estudo e recebe cerca de R$ 1,2 mil ante aos 10 anos de estudo, e os R$ 3,2 mil daqueles que têm acesso.

É por conta dessa realidade desconcertante que hoje é um dia histórico para o país e para o Estado do Rio de Janeiro. Assinamos o contrato de concessão dos serviços de saneamento com a empresa Aegea, agora concessionária Rio Águas, que arrematou os blocos 1 e 4 no leilão da Cedae em abril. Amanhã, será a vez da assinatura com a Iguá e o Bloco 2.

As concessionárias precisam investir cerca de R$ 27 bilhões em infraestrutura e universalizar o fornecimento de água e esgoto para cerca de 10 milhões de pessoas nos próximos 12 anos. O estado receberá R$ 14 bilhões e vai transformar esses recursos em infraestrutura e legado para a população.

Sem a iniciativa privada, seria impossível garantir que, em pouco mais de uma década, 99% da população tivesse acesso à água tratada e 90% à coleta e tratamento de esgoto. Com a liderança do governador Cláudio Castro, trabalhamos muito para que essa modelagem, na qual a população é a maior beneficiada, saísse do papel desta maneira.

A falta de saneamento básico era algo que o Estado do Rio precisava encarar e enfrentou de peito aberto, de forma transparente, dialogando com todos. Agora o trabalho do governo estadual será, além de fiscalizar as obras, irá se dedicar à importante tarefa de fazer com que cada centavo se multiplique em empregos, renda e em obras que melhorem permanentemente a vida dos nossos cidadãos.

O dia de hoje é um divisor de águas para o Rio de Janeiro e um verdadeiro marco humanitário.
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Nicola Miccione é secretário estadual da Casa Civil