Sérgio Duarte: Há disposição para retomar e acelerar a competitividade econômica do Rio
O caminho é longo, mas algumas ações merecem destaque. É importante ressaltar, que mesmo em um momento desafiador para todos os setores em todo o mundo, conquistamos saldos positivos este ano
No meu artigo anterior falei sobre a queda do Rio de Janeiro no ranking de competitividade dos estados, afinal, reconhecemos que o esvaziamento econômico acontece há cerca de 20 anos. Nessa série de artigos quero trazer luz para entendermos as necessidades de harmonizar os interesses do setor industrial, para fazer a roda da Economia fluminense girar cada vez mais forte. O caminho é longo, mas algumas ações merecem destaque. É importante ressaltar, que mesmo em um momento desafiador para todos os setores em todo o mundo, conquistamos saldos positivos este ano.
Uma delas foi o Pacto RJ, que prevê investimentos de R$ 17 bilhões no estado para os próximos três anos, anunciado recentemente pelo governador Cláudio Castro. O projeto de desenvolvimento será composto por R$ 14 bilhões de recursos do próprio orçamento do estado e R$ 3 bilhões de recursos do leilão da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae).
Outra excelente notícia é que os alimentos podem ficar até 7% mais baratos nos supermercados com regulamentação da Lei 9391/2021 que isenta o ICMS sobre o arroz e o feijão, publicada em 6 de outubro de 2021, através do Decreto Estadual 47.787/2021. A lei, sancionada há pouco mais de um mês, teve participação direta da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj) que esteve em reuniões junto ao governo para apoiar e justificar os benefícios desta isenção.
A Rio Indústria tem tratado de temas importantes como, por exemplo, políticas públicas e soluções para a Indústria de Material Plástico. Um forte índice está na indústria de transformação de plástico que gera 13.318 empregos, espalhados em 485 empresas, pelo Rio.
Em evento recente liderado por André Ceciliano, presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), o nosso vice-presidente da Rio Industria, Gladstone Santos, também presidente do Simperj, destacou o nosso desejo de voltar a atrair novas empresas e prestigiar as que estão sobrevivendo no nosso estado. Para cada R$ 1 milhão adicionado na produção mensal do setor de transformação de plástico, são gerados 29 novos empregos diretos, o que aumenta R$ 1,3 milhão do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
O trabalho não para, e com apoio incansável do governo do estado, ao lado da Alerj, esses dados mostram que há fôlego para a recuperação econômica do nosso estado. Vemos hoje o governo disposto a recuperar o Rio de Janeiro. Temos processos de concessão de rodovias em andamento, uma visível melhoria em todos os índices de segurança pública e a chegada de novos investidores no setor de transportes.
Tudo isso é resultado de um trabalho sério e determinado, afinal, o Estado do Rio de Janeiro, com mais de 17 milhões de habitantes, possui o segundo maior PIB do Brasil, com mais de 23 mil indústrias e 350 mil estabelecimentos comerciais. No próximo artigo trarei novas projeções para o desenvolvimento do nosso estado.
Sérgio Duarte é presidente do Sindicado das Indústrias de Alimentos do Município do Rio de Janeiro (Siarj) e do Rio Indústria
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