Alfredo E. Schwartz, presidente da AeerjDivulgação

A AEERJ lutou muito, conseguiu sensibilizar um número expressivo de vereadores, e a votação na Câmara do Rio sobre a emenda na lei orçamentária do munícipio, que prevê o parcelamento dos restos a pagar em dez anos, foi muito apertada, mas o setor da construção infelizmente foi derrotado. Os pagamentos de exercícios anteriores por serviços prestados e fornecimentos foram prorrogados em dez parcelas anuais, a partir do ano que vem, sem qualquer menção a conformidade com as condições contratuais.

A Prefeitura do Rio tem a maioria na Câmara e se empenhou para a rejeição das emendas que serviriam para diminuir o impacto da lei sobre as empresas do setor. Pagar em dez parcelas anuais sem qualquer correção, conforme afirmou o secretário da Fazenda do Rio em sua ida à Câmara na véspera da votação e, com a inflação em ritmo acelerado, é condenar muitas empresas à insolvência.

É bom lembrar que a lei vai valer para todos os fornecedores de materiais e serviços. Por conta disso, a Light já cortou a luz de várias edificações do município, tomando o cuidado de não prejudicar serviços essenciais. Apesar de ter que amargar essa postergação do recebimento por contratos executados e serviços prestados, felizmente nem só de notícias ruins vive o setor da construção no Rio.
Boas perspectivas estão em curso. O projeto Reviver Centro, que objetiva tornar residencial a área central da cidade por meio de retrofit de prédios comerciais que estão sem ocupantes, já começou a ser implantado. A Orla Prefeito Luiz Paulo Conde vai ser recuperada em toda a sua extensão, revivendo um espaço de convivência hoje tomado por moradores de rua.

A Casa Villarinho reabriu ao público e o Teatro Ginástico será transformado em Centro de Cultura, Educação, Saúde, Lazer e Assistência, ambos por iniciativa da Fecomércio-RJ, e serão administrados pelo SESC. A Operação Segurança Presente, parceria da Polícia Militar com a Guarda Civil, segue sendo implantada para dar mais segurança à população e aos visitantes.

Com a abolição das máscaras em lugares abertos, a cidade volta a respirar. O trânsito piora, mas até os engarrafamentos demonstram que a vida da cidade está voltando a seguir seu curso normal. Eventos tais como o Rock In Rio já foram programados para o ano que vem, e o Réveillon na praia de Copacabana vai ser animado.

A vacinação segue avançada, e os casos de covid diminuem à medida que a população é imunizada. O espírito dos cariocas sobrevive, e a cidade vai voltando a ser maravilhosa.

Alfredo E. Schwartz é presidente-executivo da Associação das Empresas de Engenharia do Rio de Janeiro (AEERJ)