Aristóteles Drummond, colunista do DIADivulgação

O diplomata Pedro Luiz Rodrigues, jornalista que exerceu a Comunicação Social por mais de uma vez no governo federal, assinou oportuno artigo, semana passada, no jornal Correio Braziliense, a propósito dos 90 anos de Marcílio Marques Moreira. O mesmo, no Estadão, Mano Ferreira.
Os mais velhos conhecem e os mais novos precisam conhecer um exemplo como o de Marcílio de uma carreira exemplar, multifacetada e ilibada. Marcílio começou como diplomata, tendo se afastado para exercer funções no então Estado da Guanabara, ligado ao grandioso programa habitacional levado a cabo pelo Governo Negrão de Lima. Depois teve passagem no Banco Moreira Salles, depois Unibanco, como homem
de confiança de Walter Moreira Salles.
Foi convocado para o setor público, como embaixador nos EUA, por Sarney e ministro da Fazenda, pelo presidente Fernando Collor. Sempre indicado pela correção e eficiência com que exerceu diferentes cargos. Antes já havia servido em Washington com notáveis brasileiros que representaram o Brasil na grande nação-irmã, como Moreira Salles, Amaral Peixoto e Roberto Campos. Vale registrar sua amizade e afinidades intelectuais com o gigante que foi San Tiago Dantas, independentemente dos equívocos que só o prejudicaram.
O coroamento de seu apostolado pelo Brasil foi a presidência da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), entidade independente e relevante na representação do setor produtivo da cidade e do Estado do Rio de Janeiro. Uma palavra influente em defesa do empreendedor, do gerador de empregos, do sofrido contribuinte, uma assessoria de alto nível aos nossos governantes.
Homem de cultura, teve na mulher, Maria Luísa, a interlocutora intelectual de qualidade, filha de Luiz Oliveira Penna, herdeira da melhor tradição mineira no mundo intelectual, historiadora e ensaísta. Exemplos como o seu estimulam outros, mais jovens, como foi o caso do atual presidente da ACRJ, José Antônio Nascimento Brito, que abraçou a causa da livre empresa como mola propulsora do desenvolvimento econômico e social do Brasil.
Aliás, a Casa de Mauá tem tido, desde o Império, uma presença relevante na vida nacional, desde João Dault, Rui Gomes de Almeida, Antonio Carlos Osório e Antenor Barros Leal, entre outros. Marcílio, é bom lembrar, não só foi um exemplo para os mais jovens, mas soube aglutinar novos talentos no front da Economia, como os casos de Pedro Malan e Armínio Fraga. Merece as justas homenagens.
 
Aristóteles Drummond é jornalista