Jorge Miranda (PL), prefeito de MesquitaDivulgação

Composta por 13 municípios e com população estimada em quase cinco milhões de habitantes, a Baixada Fluminense chegará às eleições do ano que vem em situação jamais vista em sua história. Acostumada a ser bajulada por candidatos a governador e a presidente quando o pleito se aproxima, a região, dessa vez, muito por conta de seus prefeitos, poderá fazer valer a força de suas lideranças e almejar voos maiores.
Nem sempre foi assim. Diferentemente de agora, a Baixada poucas vezes reuniu condições de sentar à mesa com representatividade suficiente para se fazer ouvir em todos os seus pleitos. A exceção, talvez, tenha ocorrido quando, por uma conjunção de fatores, tivemos à frente de nossos dois principais municípios prefeitos de personalidade forte, como Nelson Bornier, em Nova Iguaçu, e José Camilo Zito, em Caxias.
Desta feita, no entanto, a situação se mostra bem diferente daquela presenciada nos anos 1980 e 1990. A expectativa por ocupação de espaços mais nobres na política fluminense não é sonho de uma noite de verão. Longe disso. Em linguagem esportiva, o sarrafo subiu e, com ele, temos a possibilidade real de alcançarmos posições de destaque na corrida eleitoral que se avizinha.
Nomes para serem alçados a esses postos não faltam. Sem querer citar A ou B, até para não incorrer em injustiça, indico que os mais interessados observem como a quase totalidade dos municípios da Baixada vêm sendo administrados. Mais: aconselho olharem o mapa de apuração do TRE nas últimas eleições municipais para tirarem a temperatura dos eleitores. Não por acaso os atuais governantes das quatro maiores cidades da região foram reeleitos. Dois dos cinco mais bem votados dentre todas as 92 cidades são da Baixada.
Tudo isso, ao meu ver, somado ao potencial econômico da região, condiciona a Baixada a sonhar grande. É hora de prefeitos se unirem aos representantes das casas legislativas estadual e federal para engrossar o coro. Não podemos, por vaidade ou desunião, deixarmos escapar pelos dedos essa oportunidade. O noticiário vem dando conta de como os candidatos ao governo do estado e até à Presidência da República estão encarando a Baixada como o fiel da balança para as urnas em 2022. A janela está aí, aberta. Só resta-nos querer sentar lá.
Jorge Miranda (PL) é prefeito de Mesquita