Rafael Szymanski Machado é presidente da Sociedade Brasileira de MastologiaDivulgação

Fevereiro é mês de verão, praia e muito sol. É o mês cujo clima de Carnaval já toma conta dos brasileiros, especialmente os cariocas. A sazonalidade desse mês não para por aí. A cada quatro anos, ele tem um dia a mais, o que, muitas vezes acaba passando despercebido por muitos. Fevereiro é também o mês que se celebra o Dia da Mamografia, dia 5, e é aí que devemos nos atentar.
Não é difícil perceber a importância desse exame, que é o mais eficaz para o diagnóstico precoce do câncer de mama, fazendo com que fosse lembrado numa data própria. Se diagnosticado precocemente, as chances de cura da paciente podem chegar a 95%. Se para muitos isso já é notícia velha, para outros essa informação é desconhecida e, por isso, precisamos reforçá-la, estando certo de que há ainda em todo o Brasil muita gente perdendo a vida por falta de informação.
Felizmente, todos os anos campanhas sobre câncer de mama, que é a segunda maior causa de morte da brasileira, ganham holofotes em outubro, conscientizando milhares de mulheres. Mas, por outro lado, a notícia que não é tão boa é que esse alerta deve ser contínuo, pois o câncer não espera. Num mundo tão digitalizado, há ainda uma parcela da população sem informação, além daqueles que se deparam com conteúdos equivocados, o que é ainda pior, pois estes prestam um desserviço à sociedade.
Dentro dessa perspectiva, a Sociedade Brasileira de Mastologia mantém o foco na disseminação de informação qualificada, buscando orientar e alertar as mulheres diante do cenário de mais de 66 mil novos casos, com mais de 13 mil óbitos em todo o país, segundo o INCa.
Diante da pandemia, o isolamento social prejudicou ainda mais o cenário, pois muitas pacientes interromperam o tratamento por medo de ir ao médico e ao hospital. Estamos retomando e, em 2021, a procura já foi melhor.
É preciso ficar claro que é primordial que as mulheres não deixem de realizar seus exames (todas as mulheres a partir dos 40 anos devem realizar a mamografia anualmente) e nem de realizar a consulta periódica ao mastologista de forma preventiva. E, obviamente, as já diagnosticadas que mantenham o tratamento, todas seguindo os protocolos sanitários, pois teremos que aprender a conviver com a covid-19.
Enfim, que neste mês tão especial em nosso calendário fique registrada a importância da mamografia para as mulheres e, essencialmente, a mensagem central de que informação salva.

Rafael Szymanski Machado é presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia