Aristóteles Drummond, colunista do DIADivulgação
A par do acesso ao poder de políticos de alto nível intelectual, moral e cívico, os quatro bons governos, de Castelo Branco, Costa e Silva, Médici e João Figueiredo, revelaram ao país um grupo de então jovens oficiais, coronéis na sua maioria, entre os melhores homens públicos no exercício de cargos executivos do século passado. Mesmo opositores ao regime, sem o viés ideológico e o ódio no coração, não negam o valor
destes homens no avanço do Brasil, que, naqueles 21 anos, fizeram o país passar da 46ª Economia mundial para a oitava. Hoje, somos a 13ª.
Muitos serviram a mais de um governo, como o coronel Jarbas Passarinho, que governou o Pará, foi senador em três mandatos e ministro de Estado da Educação, do Trabalho, da Justiça – com Collor – e da Previdência Social. Foi jornalista, colaborador de alguns dos mais importantes jornais do Brasil e morreu trabalhando até os 90 anos na Confederação da Indústria.
A revolução já encontrou na Câmara dos Deputados, na bancada de Pernambuco, José Costa Cavalcanti, ministro do Interior, Minas e Energia e presidente da Eletrobrás e de Itaipu. Teve seu nome lembrado na sucessão de Figueiredo. E, claro, o mais notável, polivalente ministro de Costa e Silva, Médici e João Figueiredo, o coronel Mário Andreazza, nome mais expressivo nos transportes, no saneamento e na
habitação. Um gigante empreendedor.
Todos de mãos limpas. Homens educados, sem afrontar a liturgia dos cargos que ocuparam. Esses são exemplos de nossos militares, que completaram o recrutamento entre os grandes daqueles anos, como Roberto Campos, Bulhões, Mário Simonsen, Ernane Galvêas, Delfim Netto, Pedro Aleixo, Milton Campos, Alfredo Buzaid, Hélio Beltrão e outros.
Para exame dos mais jovens e lembrança dos mais velhos.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.