Fernanda Centurion - Gerente de Empregabilidade do Senac RJDivulgação

Estar preparado para o futuro, ciente das novas tendências e projeções do mercado, é um diferencial útil para não ser pego de surpresa pelas oscilações do mundo do trabalho. A pandemia trouxe rápidas evoluções que, ancoradas na tecnologia, tornaram-se hábitos no ambiente profissional, solidificando o trabalho remoto e o uso de ferramentas digitais de colaboração e comunicação na gestão dos negócios, por exemplo. O que era novo há dois anos tornou-se normal. Então, a pergunta que vigora é: como será o futuro do trabalho?

O cenário já firmado do home office e do regime de trabalho híbrido ganha novos contornos com a popularização de salas compartilhadas em substituição aos escritórios individuais das empresas, otimizando custos e tempo. A automação de processos ganhará novos contornos com o avanço tecnológico do 5G e da Internet das Coisas. Certamente, substituindo funções, mas não representando a substituição definitiva da mão de obra humana e estimulando o crescimento exponencial de vagas na área tecnológica.

A evolução também chegará aos Recursos Humanos, com maior investimento em áreas de educação corporativa e capacitação dos colaboradores, comprovando o papel fundamental da qualificação para a retenção e desenvolvimento de talentos, reforçando pontos fortes e aperfeiçoando os pontos a desenvolver. O bem-estar também é uma preocupação cada vez mais latente entre as empresas, com a difusão de benefícios que estimulam a saúde física e também mental dos funcionários, criando uma cultura corporativa de valorização que estimula a conexão humana e a produtividade.

Para destacar-se neste novo contexto, além do conhecimento técnico, as chamadas soft skills, ou habilidades comportamentais, tornam-se um diferencial cada vez mais buscado pelas empresas. A edição do relatório Future of Jobs de 2020, do Fórum Econômico Mundial (WEF), destaca as oito principais habilidades do futuro que todo profissional deve buscar desenvolver: resiliência, tolerância ao estresse e flexibilidade, inteligência emocional, resolução de problemas, criatividade, persuasão e negociação, pensamento analítico e inovação, liderança e flexibilidade cognitiva.

O primeiro passo do profissional que quer se firmar neste novo ambiente é o planejamento. Estabelecer objetivos, metas e métricas para calcular a rota, e alterá-la quando necessário, auxiliam no desenvolvimento da carreira. São também indispensáveis o investimento na aprendizagem contínua, estabelecer uma boa rede de relacionamento, ter capacidade de autogestão e foco. É mesmo desafiador prever o futuro, entretanto é possível se adequar às necessidades emergentes e ter êxito no novo mercado de trabalho.

Esses temas estão presentes há seis edições na Feira Virtual Senac RJ, ação que reúne vagas de empregos e estágio e vasto conteúdo gratuito, com bate-papos, chats e encontros virtuais com empresários, especialistas e profissionais de renome do mercado, conferindo uma oportunidade para recolocação e atualização profissional. A nova edição da Feira Virtual Senac RJ acontece de 4 a 8 de abril e tem participação gratuita.
* Fernanda Centurion, gerente de Empregabilidade do Senac RJ