Benedita da Silva: Dores do parto da união das esquerdas no Rio de Janeiro
Cabe ao PSB nacional restabelecer o indispensável equilíbrio na chapa majoritária no estado do Rio de Janeiro, ou seja, um nome do PSB para o governo e o senado para o PT
Rio - O processo de construção das chapas nacionais, das chapas majoritárias estaduais e da elaboração do programa comum de governo exige a superação das inúmeras divergências entre os partidos de esquerda.
Mas com os nossos partidos de esquerda e de centro-esquerda conscientes da gravíssima situação econômica e social do país, causada pelo governo Bolsonaro, fomos capazes de organizar uma ampla frente democrática e antifascista, que está levando o presidente de extrema-direita ao desespero eleitoral e a fazer ameaças diárias contra as próprias eleições.
Para a construção dessa ampla frente democrática em nosso estado nós do PT, em conjunto com as outras forças do campo progressista e a participação ativa do Presidente Lula, apoiamos o nome do companheiro Marcelo Freixo do PSB como nosso pré-candidato ao Governo e indicamos o nome do companheiro André Ceciliano como pré-candidato ao Senado.
Um acordo eleitoral absolutamente justo e equilibrado que possibilitou a união desses dois partidos nacionais numa forte chapa majoritária para derrotar o bolsonarismo no nosso Estado e do qual sou testemunha.
Cabe ao PSB nacional restabelecer o indispensável equilíbrio na chapa majoritária no estado do Rio de Janeiro, ou seja, um nome do PSB para o governo e o senado para o PT. Na hipótese de isso não acontecer o PT regional, de forma legítima, poderá tomar outra decisão. Mas não acredito que o PSB nacional prefira romper o acordo apostando suas fichas apenas na vaga do senado do Rio de Janeiro.
De nossa parte tudo faremos para manter o que foi acordado nacionalmente, pois é bastante conhecido o meu compromisso inabalável em defesa da unidade do campo popular e democrático no país.
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