Paulo Kendi T. Massunaga, presidente executivo da AEERJDivulgação

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Paulo Kendi T. Massunaga Presidente executivo da AEERJ
Há um mês assumi a presidência executiva da Associação das Empresas de Engenharia do Rio de Janeiro (AEERJ) e tenho em mãos interessantes informações para compartilhar. Observo com olhar atento o crescimento do número de trabalhadores empregados na construção civil no estado do Rio de Janeiro, somente neste ano. Também é com satisfação que vejo aumentar a publicação de editais, convocando empresas para a realização de obras na capital e no interior do estado.

De acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), com base nos dados do Ministério do Trabalho e da Previdência, de janeiro a maio deste ano, já são mais de 183 mil trabalhadores empregados no setor, no Rio de Janeiro. Em 2021, tínhamos pouco mais de 165 mil. O olhar é atento e esperançoso, ainda não otimista, pois prefiro aguardar mais alguns meses para confirmar a ascensão da quantidade de mão de obra. Afinal, ainda temos muitos meses até o ano terminar.

A rotina dos encontros presenciais com os associados acaba de ser retomada na minha gestão. Foram mais de dois anos sem realizar reuniões presenciais por causa da pandemia de Covid-19 e, finalmente, a AEERJ pode voltar a se aproximar de forma mais estreita dos associados. O auditório ficou repleto e a reunião foi muito produtiva. No encontro, os representantes das empresas de engenharia informaram que muitos editais para a realização de obras têm sido publicados e relataram os maiores problemas que vêm atravessando. Estamos analisando de que forma podemos contribuir para auxiliar na solução das questões apresentadas. Vamos planejar as próximas reuniões para cada vez mais nos aproximarmos do setor e, principalmente, ouvir o que os associados têm a dizer.

Volto a tocar num ponto de extrema importância para as empresas de engenharia do Rio de Janeiro. Entendemos que o setor está com obras para realizar não só na cidade do Rio de Janeiro, mas no interior também. Neste aspecto, está caminhando bem, entretanto, isso não basta. Além de novas obras, precisamos que a lei seja cumprida e os contratos sejam respeitados, que tenhamos segurança jurídica – e que sejam protegidos, de fato, do desequilíbrio financeiro. Hoje, a periodicidade e os índices de reajuste previstos não refletem a realidade do mercado.

Os processos de licitação precisam ter total transparência, desde a publicação do edital até a entrega da obra. Os projetos devem ser concebidos com a visão de estado e não de governo, possibilitando a continuidade e sendo estruturados para o desenvolvimento do estado em todos os setores. Sem que tenhamos no mínimo essas condições, não podemos ter um olhar otimista para o setor em nosso estado.
Paulo Kendi T. Massunaga é presidente executivo da AEERJ