Aristóteles Drummond, colunista do DIADivulgação
Na nossa América Latina, no pós-guerra, começou-se a esboçar a prática lamentável do nepotismo, que já era normal na virada do século. O primeiro caso explícito foi quando o General Juan Domingos Peron fez da mulher, Isabelita, que nem era argentina, sua vice.
No Brasil, tem sido comum os senadores terem filhos ou cônjuges, até pai ou mãe, como suplentes, sem a menor reação da sociedade, que por vezes parece tão atenta à ética.
morte do presidente Costa e Silva.
Os presidentes militares Castelo Branco, Costa e Silva e João Figueiredo homenagearam a classe política tendo como vices mineiros da importância e representatividade de José Maria Alkmin, Pedro Aleixo e Aureliano Chaves. As circunstâncias do momento fizeram vices o Almirante Augusto Rademaker- com
inquestionável liderança na Marinha do Brasil- e o General Adalberto.
Muitos vices assumiram com sucesso em estados, como Osanan Coelho e Hélio Garcia, em Minas, Laudo Natel, em São Paulo, e agora Cláudio Castro, no Rio. E senadores suplentes de relevo, desde Mozart Lago, no Rio, no impedimento de Adhemar de Barros, em 51, a Pedro Piva, em São Paulo, com o titular Ministro de Estado no governo FHC . Alias , FHC chegou ao Senado como suplente de Franco Montoro. Mesmo sem assumirem, foram suplentes relevantes na vida nacional: Miguel Lins ,Vitorino Freire, no Maranhão, João Pedro Gouvêa Vieira de Vasconcelos Torres, no Rio; Jair Negrão de Lima de Itamar Franco, em Minas.
Agora muitos usam de políticos com passado e sem futuro para sinalização ideológica diferente, como os casos dos esquerdistas Lula com Geraldo Alckmin e Freixo com César Maia, no Rio. não agrega votos e desmoraliza a chapa.
Esta eleição tem de ser bem observada nos detalhes. Este é um deles. Escolhas pelo parentesco ou cupincharia, sem base na militância política. Afinal, estamos numa República.
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