Entre as alterações, está o novo protocolo para a entrega de bolsas de colostomia, que teve ampliação do horário para retiradaDivulgação/Ascom

Petrópolis - O novo protocolo de acompanhamento de ostomizados no Centro de Saúde Coletiva Professor Manoel José Ferreira passa a contar com equipe multidisciplinar composta por médico, enfermeiro, assistente social, nutricionista, psicólogo e fisioterapeuta. Além disso, a cada dois meses, os profissionais de enfermagem farão atendimentos de rotina, a partir de agendamento prévio. A mudança visa melhorar as condições de atendimento e consequentemente, a qualidade de vida dos pacientes.

“Esse novo protocolo vai qualificar o atendimento destes pacientes, que passam a contar com uma equipe especializada voltada exclusivamente às necessidades dos pacientes ostomizados”, explica o prefeito interino, Hingo Hammes.

Entre as alterações, está o novo protocolo para a entrega de bolsas de colostomia, que teve ampliação do horário para retirada, que pode ser feita das 8h30 às 19h30 de segunda a quinta-feira, e de 08h30 às 17h30 as sextas-feiras. Os pacientes receberão o material em quantidade suficiente para um mês de tratamento e não mais de forma fracionada.

O secretário de Saúde, Aloisio Barbosa da Silva Filho, destaca o trabalho minucioso realizado para a adequação do serviço para as necessidades específicas dos pacientes atendidos pela rede pública. “Fizemos levantamento de todas as necessidades e reestruturamos todo o serviço. Esse é um trabalho contínuo”, pontua o secretário.

A modelista Sônia Assumpção, de 49 anos, faz acompanhamento no Centro de Saúde há cerca de um ano. “Nos últimos meses é perceptível a mudança no atendimento. Antes era um pouco mais complicado porque tinha que ir duas vezes buscar as bolsas, isso sem falar quando não tinha as bolsas. Com a nova gestão estou me sentindo muito acolhida, principalmente com a mudança de atendimento com os médicos”, conta a paciente que teve câncer no intestino em 2019 e passou por vários procedimentos até chegar à colostomia definitiva. “A colostomia foi um mal necessário para salvar a minha vida. Eu fui super acolhida pelos enfermeiros e médicos que me ajudaram a entender e lidar com essa nova vida”, pontua.

O Centro de Saúde conta com 261 pacientes ostomizados. Desse total, 189 fazem retirada mensal de bolsas de colostomia na unidade, entre homens, mulheres e crianças. “São pessoas que precisam de bolsas específicas e que passarão a receber o material adequado às necessidades'', explica Aloisio, ressaltando que os profissionais da unidade passam por qualificação permanente para garantir o atendimento de qualidade aos pacientes.

Pacientes ostomizados precisam de cuidados frequentes
A ostomia é um procedimento cirúrgico realizado no aparelho digestivo ou urinário, que tem como objetivo criar um desvio dos conteúdos que passam por estes sistemas para o meio externo, para serem recolhidos por uma bolsa coletora. A ostomia promove uma ligação do intestino ou da bexiga urinária, conforme o caso clínico, até uma abertura na parede abdominal.

Após a recuperação da cirurgia, os pacientes devem usar reservatórios adequados para a bolsa, que ficam aderidos à pele e são fáceis de trocar quando necessário. Nem sempre a adaptação é fácil, e os pacientes podem ter problemas psicológicos e sociais. Por isso o acompanhamento de forma humanizada”, explica a enfermeira Erica Wendling.
A bolsa de colostomia é um aparelho médico, utilizado em pacientes que realizaram a cirurgia de Colostomia que consiste na abertura do cólon (parte longa do intestino grosso) através da parede abdominal. Dessa forma, a parte final do intestino grosso é retirada. Esse mecanismo, é realizado em pessoas que sofrem de doenças inflamatórias no intestino, câncer intestinal ou alguma doença que exige a amputação do reto. A bolsa de colostomia é um saco coletor, que pode estar localizado ao lado do abdômen, exercendo a função de receber as fezes ou a urina.

A enfermeira ressalta que há uma série de indicações para os pacientes no cuidado com a bolsa. Os pacientes atendidos no polo de ostomia, no Centro de Saúde, são encaminhados pelo médico responsável. Em seguida é realizado o cadastro, acolhimento e agendamento da consulta de enfermagem. A partir daí são identificadas as necessidades das pessoas, tanto de equipamentos, como de atendimento pela equipe.