Equipe da Santa Casa de Barra Mansa viabiliza captação de órgãos em Resende
Família de jovem que teve morte encefálica autorizou doação após diálogo com profissionais da Organização de Procura de Órgãos (OPO)
Organização de Procura de Órgãos (OPO) da Santa Casa viabilizou uma captação de órgãos - Divulgação/SCBM
Organização de Procura de Órgãos (OPO) da Santa Casa viabilizou uma captação de órgãos Divulgação/SCBM
Por O Dia
A Organização de Procura de Órgãos (OPO) da Santa Casa de Misericórdia de Barra Mansa viabilizou uma captação de órgãos neste sábado, dia 19, em Resende. A doadora foi uma mulher que teve morte encefálica após dias internada em um hospital particular de Resende, onde também aconteceu a cirurgia. Como resultado do diálogo feito pela equipe da OPO, esse ato de generosidade foi aceito e autorizado pela família.
Segundo a coordenadora da Organização, Daniela da Silva, foram captados rins e fígados por cirurgiões do Programa Estadual de Transplantes do Rio de Janeiro (PET), e córneas pela equipe do Banco de Olhos de Volta Redonda. De imediato, pacientes que estão na fila única de espera do estado já serão contemplados: dois pacientes receberão os rins e um receberá o fígado. A princípio, as córneas serão armazenadas e em breve transplantadas.
“A família, mesmo em um momento de dor, teve um ato de amor ao pensar no próximo, quando aceitou doar os órgãos de seu familiar. Esse é mais um trabalho de excelência realizado na Santa Casa”, expressou a coordenadora. E no procedimento de captação, ela informou que participaram neste sábado o anestesista Matheus Chimelli e os cirurgiões Victor Senna Diniz, Munique Siqueira e Maria Eduarda Baptista.
Como acontece o trabalho da OPO Para a realização do trabalho que viabiliza a captação, é preciso seguir um protocolo que consiste em três etapas. A primeira é identificar o paciente com uma possível morte encefálica, a segunda é a realização de exames clínicos e complementar para a confirmação da morte encefálica. E, por último, a equipe da OPO realiza abordagem familiar, conscientizando as famílias em relação à doação de órgãos e tecidos.
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A captação só é possível com autorização de familiares. “Independentemente do ‘sim’ da família, todos os pacientes com critérios clínicos sugestivos para morte encefálica tem o seu protocolo aberto. E quando finalizado e tem seu diagnóstico confirmado, são realizados dois exames clínicos por médicos diferentes, teste de apneia e exame complementar”, explicou Daniela.
Busca ativa A Organização de Procura de Órgãos existe para auxiliar o trabalho do Programa Estadual de Transplante (PET). Sediado na Santa Casa de Misericórdia de Barra Mansa, desde 2015, essa unidade é responsável pelo Médio Paraíba e atende a 34 municípios da região. O principal objetivo desse setor é realizar buscas ativas nos hospitais, com a finalidade de identificar potenciais doadores de órgãos e tecidos, apoiando todo o processo doação/transplante no estado do Rio de Janeiro.
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Como ser um doador Daniela salienta ainda a importância de informar à família o desejo de ser doador de órgãos e como essa atitude salva vidas: “Um único doador pode ajudar até oito pessoas que estão na fila do transplante. A morte é difícil para todos, mas ela também pode ser a chance de uma nova vida para pessoas que estão lutando para viver”, destaca. Nenhum documento deixado em vida possui valor legal para garantir a doação de órgãos de uma pessoa ao falecer. Por isso, outra oportunidade de expressar a vontade de ser doador é através do cadastro no DOE+VIDA www.doemaisvida.com.br.
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