PetrobrasArquivo/Agência Brasil

Por O Dia
Rio - A Polícia Federal (PF) do Rio deflagrou, na manhã desta sexta-feira (18), uma operação para aprofundar as investigações sobre práticas criminosas cometidas na antiga Diretoria de Abastecimento da Petrobras, especificamente na Gerência Executiva de Marketing e Comercialização. A ação batizada de 'Sem Limites VI' contou com 12 policiais, que cumpriram, na capital fluminense, três mandados de busca e apreensão expedidos pela 13ª Vara da Justiça Federal em Curitiba/PR.
Além dos mandados de busca e apreensão, foram expedidas ordens para bloqueio de valores até o limite dos prejuízos identificados.
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A polícia informou que as apurações começaram após a primeira fase da Operação Sem Limites, que teve como objetivo cumprir mandados de prisões e buscas e apreensões de integrantes da organização criminosa que eram responsáveis pelos crimes envolvendo a negociação de óleos combustíveis e derivados entre a estatal e trading companies estrangeiras.

Desde então, a PF e o Ministério Público Federal (MPF) aprofundaram as investigações dos esquemas criminosos, e foram realizados cumprimento de relevantes medidas cautelares para colheita de provas no âmbito de outras quatro operações dentro desta linha investigativa.

As ordens judiciais cumpridas nesta sexta-feira, que integram o conjunto de investigações da Operação Sem Limites, buscam elucidar a prática dos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa por novos sujeitos identificados.

Segundo diligências policiais e provas apresentadas por colaborador da Justiça, foi possível identificar a participação em ações criminosas de um estrangeiro, representante de interesses de trading companie internacional junto à estatal brasileira, assim como de um brasileiro ligado a um ex-gerente da Petrobras responsável por receber recursos de corrupção no exterior, com uso de contas em nome de offshore, e sua posterior distribuição aos envolvidos no esquema criminoso.

O aprofundamento investigativo ainda permitiu identificar dois brasileiros envolvidos com outro ex-funcionário da área comercial da Petrobras com o qual obtinham informações privilegiadas sobre negociações da estatal e tratavam de operações comerciais em que poderiam obter vantagens indevidas.

A polícia ressaltou que segue nas investigações para identificar e responsabilizar os suspeitos de atentarem contra a estatal que foi vítima de articulações criminosas.
Procurada pelo DIA, a Petrobras informou que é vítima dos crimes expostos pela Operação Lava-Jato e que colabora com as investigações de 2014 e atua como coautora do Ministério Público Federal e da União em 21 ações de improbidade administrativa em andamento, e também é assistente de acusação em 76 ações penais relacionadas a atos ilícitos.
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Confira a nota na íntegra: 
A Petrobras é vítima dos crimes desvendados pela Operação Lava-Jato, sendo reconhecida como tal pelo Ministério Público Federal e pelo Supremo Tribunal Federal. A companhia colabora com as investigações desde 2014 e atua como coautora do Ministério Público Federal e da União em 21 ações de improbidade administrativa em andamento, além de ser assistente de acusação em 76 ações penais relacionadas a atos ilícitos investigados pela Operação Lava Jato. Cabe salientar que a Petrobras já recebeu mais de R$ 5,7 bilhões, a título de ressarcimento, incluindo valores que foram repatriados da Suíça por autoridades públicas brasileiras.