Marcha da Maconha é proibida no Facebook
Vereador Renato Cinco (Psol) quer levar rede social à Justiça por impedir que patrocine o evento
Rio - O vereador Renato Cinco (Psol) está prestes a entrar numa briga com o Facebook. E pensa até em levar o dono da rede social, Mark Zuckerberg, ao banco dos réus. Isso porque foi impedido de patrocinar a publicação da Marcha da Maconha, marcada para o próximo dia 7 de maio, no Jardim de Alah, Zona Sul do Rio. Cinco considerou a decisão como censura e uma afronta às leis brasileiras.
“Consultei o meu advogado para ver quais medidas cabíveis poderemos tomar contra aquela empresa. Estamos estudando a hipótese de irmos à Justiça porque o Facebook, pelo que entendo, feriu a liberdade de expressão e publicidade. A empresa pode ser estrangeira, mas está sujeita às leis do Brasil”, afirmou o vereador.
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De acordo com Renato Cinco, o Facebook alegou que o anúncio convidando para a manifestação pública não foi aprovado por ter sido “muito chamativo ou por ter sido escrito em letras maiúsculas.” O vereador contesta a argumentação da empresa de Zuckerberg. “Como não estava em letras maiúsculas, só posso concluir que o texto ‘Marcha da Maconha Rio 2016, sábado, 7 de maio, Jardim de Alah, às 14h20’ é muito chamativo para o Facebook. Quando retirei o texto o Facebook permitiu a criação do evento. Está na cara que foi censura”, disse.
Em junho de 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF), em decisão unânime, liberou manifestações pela legalização das drogas, como a Marcha da Maconha. Amparado pela suprema corte, Renato Cinco enviou a decisão dos ministros para o Facebook. “Infelizmente não me responderam. Mas o evento está marcado e espero toda a sociedade presente”, completou o vereador.
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Reportagem de Marlos Bittencourt