Rio - A morte do professor universitário Carlos Patricio Samanez, de 62 anos, causou indignação e revolta nos seus parentes. O corpo do peruano foi encontrado nesta quarta-feira, na Quinta da Boa Vista, com marcas de agressão. A vítima será cremada nesta sexta-feira, às 15h, no Cemitério do Caju.
Ao DIA, o seu filho Claudio Samanez reforçou que o caso foi marcado por "total brutalidade, violência e foi uma falta de humanidade". Ele contou que o momento está sendo muito difícil para a mãe a irmã, já que eles eram "muito unidos".
"Minha mãe está devastada. Eu tenho que segurar 'as pontas' entre elas duas, mas esse momento é realmente muito difícil", ressaltou.
Claudio disse que a família ainda não sabe se vai continuar morando no Brasil após a cremação do pai ou se vão retornar ao Peru. " Mas temos que tomar essa decisão com a cabeça mais fria", afirmou.
Carlos Samanez dava aulas na Pontíficia Universidade Católica (PUC-RJ) e na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Ele teria saído na última segunda-feira de casa na Tijuca para passear com o cachorro na Quinta da Boa Vista.
Na terça-feira, quando os familiares voltaram de viagem, sentiram sua falta. Ao chegar no local do crime, a Polícia Militar encontrou também o cão ao lado do corpo do peruano, mas sem marcas de agressão.
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O peruano vivia há quase 30 anos no Brasil e era professor associado da Faculdade de Economia da Uerj e professor adjunto do Departamento de Engenharia Industrial da PUC-RJ, onde era coordenador de extensão e coordenador da área de finanças.
Pelas redes sociais, alunos de Carlos Samanez lamentaram a morte do professor. "Não tenho palavras para expressar a tristeza e a dor que sinto ao saber que nós o perdemos. Perdemos um grande homem. A Uerj não será mais a mesma, os próximos alunos não saberão o que é ter uma aula de Finanças Corporativas e Análise de Investimentos tão bem ministrada como o senhor fazia", escreveu uma aluna.