Rio - A morte da argentina Laura Pâmela Viana, de 25 anos, esfaqueada na Praia de Copacabana quarta-feira, causou preocupação entre alguns turistas hospedados em hostels no bairro, ouvidos pelo DIA. A argentina Pamela Juárez, de 27 anos, chegou a pensar em encurtar a estadia no Rio depois da notícia. “Minha mãe me ligou preocupada. Estou com medo, cheguei a pensar se realmente não era arriscado ficar andando por aqui”.
Recém-chegados ao Rio, os chilenos Diego Darín, 20, e Ignácio Ramo, 21, traçaram um plano para ter mais segurança. “Não estamos saindo com celular e só levamos o dinheiro que vamos gastar”, afirmou Ignácio.
“Lá se comenta muito sobre a criminalidade no Brasil. Viemos avisados, mas eu não esperava um crime tão bárbaro”, disse Diego.
No ano da Olimpíada, a notícia se torna mais preocupante, já que o Rio é o principal destino de argentinos. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-Rio), a cidade é líder de vendas de voos e pacotes na Decolar.com na Argentina. Houve aumento de 11% nas vendas de voos e 25% em pacotes para janeiro e fevereiro. O Rio também cresceu na preferência de bolivianos e uruguaios.
Em declaração ao jornal ‘Clarín’, o cônsul argentino Sébastian D’Alessio informou que são comuns os registros de roubos e furtos no Rio, mas que o último caso de um turista argentino morto no Rio ocorreu em 2011.
Filho do professor peruano Carlos Patrício Samanez, 62, encontrado morto a facadas terça-feira, na Quinta da Boa Vista, Claudio Samanez disse que a família já pensa em voltar para o Peru. “Minha mãe está devastada. Esse momento é realmente muito difícil.” O corpo dele será cremado hoje, no Cemitério do Caju.
O corpo de Laura foi embarcado ontem para a cidade de Fontana, na Argentina. O viúvo, Sergio Plutt; o filho, de 4 anos, e as quatro amigas do casal anteciparam a viagem de volta, prevista para dia 23.