Por thiago.antunes

Rio - “Uma prefeitura mais próxima da população não pode ser só cimento, tijolo, pontes e viadutos.” Com essa declaração, em leve tom de crítica à atual gestão municipal do Rio, o ex-secretário estadual de Transportes Carlos Roberto Osorio sinalizou que vai se valer de seu jeitão popular para tentar vencer nas urnas o candidato do PMDB à sucessão do prefeito Eduardo Paes (mesmo partido), Pedro Paulo Carvalho.

“No período pós-2016, a cidade entrará em uma nova etapa, que exigirá maior aproximação das pessoas, uma face mais humana, de prestação de serviços. Compreender o que a população deseja vai ser muito importante”, acrescentou Osorio. No entanto, ele precisará achar um ponto de equilíbrio nas críticas, já que atuou em duas secretarias de Paes — Conservação e Transportes.

Outra estratégia da campanha do político, que reassume o posto de deputado estadual e deixa o PMDB na quinta-feira para se filiar ao PSDB — de olho nas eleições—, deverá ser uma atitude oposta ao posicionamento do partido de Pedro Paulo em nível nacional. “O PMDB é o maior aliado do governo Dilma (PT). Temos diferenças importantes em visão de país e isso será marcante.”

Questionado se pretende aproveitar o histórico de agressões de Pedro Paulo contra a ex-mulher para ganhar votos, o ex-secretário disse apenas que “a avaliação dos candidatos tem que ser feita pela população”. “O momento é de construção de uma possível candidatura junto ao PSDB, mas o partido ainda vai decidir se eu serei o candidato”, despistou Osorio, que tem utilizado bastante as redes sociais para se aproximar do eleitor. É raro ver algum comentário de internauta sem resposta em sua página oficial.

Carlos Osorio garante que não guarda ressentimento de Paes, que enviou e-mail ao Comitê Olímpico Internacional alertando sobre “elevado risco” de a Linha 4 do metrô não ficar pronto até a Olimpíada, nem do governador Luiz Fernando Pezão. Em entrevista recente ao DIA, Pezão alfinetou a fama de Osorio adorar dar entrevistas. 

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