Por gabriela.mattos

Rio - A Justiça do Rio concedeu, na tarde desta sexta-feira, a guarda provisória de um menino brasileiro, de três anos, para a família paterna, na Bélgica, pelo prazo de 180 dias. Ele é filho de Ana Kellen Moura e do belga Benoit Gaston, que foi morto dentro do próprio albergue em Santa Teresa, em maio do ano passado. Principal acusada do crime, a mãe da criança está presa provisioriamente no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste.

Na decisão, a juíza Glória Heloiza Lima da Silva, titular da 2ª Vara da Infância, autorizou a viagem do menino para o país na companhia da família. De acordo com os autos do processo, a avó materna desistiu da ação de guarda após alegar que estava com dificuldades de incluir o neto em sua rotina e que não sabia que a filha “ficaria tanto tempo presa”.

A criança estaria sob a responsabilidade da mãe da suspeita, mas um estudo social feito pela equipe técnica do juízo concluiu que o menino estava sendo cuidado por uma tia-avó. “Há existência de forte vínculo de afetividade entre Herman e sua avó paterna, além de seus tios e primos”, avaliaou a juíza.

Na próxima quarta-feira, a família materna terá que comparecer a uma audiência especial e apresentar a criança à Vara da Infância e esclarecer ainda por que o menino estava sob cuidado de outras pessoas.

A magistrada determinou ainda que a guarda deverá ser exercida de forma que a família materna continue a ter contato com o menino. A família belga deve vir duas vezes por ano ao Brasil para possibilitar o convívio com os parentes da mãe.

Você pode gostar