Por gabriela.mattos

Rio - A Justiça do Rio decidiu por unanimidade, nesta terça-feira, que Camila Magalhães Lima Mutzenbecher receba uma indenização de R$ 900 mil, com juros e correção monetária, por ter ficado tetraplégica após ser baleada, em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio, em 1998. De acordo com a Justiça, a jovem terá ainda uma pensão vitalícia de um salário mínimo federal, uma nova cadeira de rodas a cada cinco anos e o ressarcimento dos tratamentos médico, hospitalar e remédios.

Na ocasião do crime, ela estava caminhando pelo Boulevard 28 de Setembro, quando foi surpreendida com uma troca de tiros entre homens que tentavam assaltar uma joalheria e integrantes da segurança particular do comércio da região. Camila foi atingida por uma bala perdida, ficou tetraplégica e teve que passar por algumas cirurgias.

Os irmãos Adílson e Vagner de Sá Siqueira foram condenados pelo crime. Segundo o Tribunal de Justiça, a família da vítima só ingressou com uma ação para obter uma indenização por danos morais, estéticos e ressarcimento dos custos apenas em 2005, sete anos após o ocorrido.

Na época, o restaurante Petisco da Vila, a Drogarias Pacheco e a Sendas Distribuidora foram denunciados como réus no processo e apontados como responsáveis pela contratação da segurança particular. Além disso, Camila e sua mãe conseguiram uma liminar que obrigou os suspeitos a pagarem o tratamento da jovem pelo prazo de oito semanas, na Itália, e a também custearem a alimentação e a hospedagem da menina.

Os comerciantes denunciados deverão pagar também pelos tratamentos médico, hospitalar e medicamentos da jovem.

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