Por tabata.uchoa

Rio - O corpo de Matheus Santos Moraes, de cinco anos, foi enterrado na tarde deste domingo, em Magé, na Baixada Fluminense. O menino foi morto durante uma ação da PM na comunidade da Lagoa.

Em comunicado, a PM afirmou que policiais do 34º BPM (Magé) estavam em patrulhamento "quando a guarnição se deparou com criminosos vendendo drogas no local. Houve um breve confronto. Ao deixar o local, os agentes foram informados de que um menor havia sido ferido".

GALERIA: Veja fotos dos ônibus incendiados durante prostesto em Magé

Ônibus são incendiados durante protesto em Magé

Matheus%2C de 5 anos%2C foi baleado durante troca de tiros em MagéWhatsApp O DIA (98762-8248)

Outras três pessoas, moradoras da comunidade, também foram atingidas pelos disparos, mas não correm risco de morte.

Segundo o Delegado, os policiais militares envolvidos na ação, logo após o ocorrido, apresentaram-se diretamente ao batalhão e somente depois de terem sidos ouvidos em um inquérito policial militar, apresentaram a ocorrência à DHBF, prejudicando as investigações e possibilitando que vestígios importantes fossem perdidos em razão da comunicação tardia. Uma cópia do procedimento será enviada à Corregedoria Geral Unificada (CGU).

Um inquérito policial foi instaurado pela Polícia Civil para apurar as circunstâncias do fato. Diligências estão sendo realizadas por policiais da DHBF, que buscam identificar a origem do disparo que levou a óbito o menino.

Os policiais militares foram ouvidos e suas armas apreendidas. Será realizada uma reprodução simulada dos fatos visando confrontar as versões apresentadas pelos militares e pelas testemunhas. Nesta segunda-feira, às 14 horas, a DHBF fará novas diligências e perícia complementar no local do fato visando coletar novos dados técnicos que auxiliem nas investigações.

Noite de terror em Magé

Por conta da morte de Matheus, alguns moradores iniciaram um violento protesto em Magé. Pelo menos um ônibus foi incendiado e o comércio do local foi fechado.

Passageiros foram obrigados a descer dos ônibus que em seguida foram sendo apedrejados e incendiados. Pelas redes sociais, moradores mostraram preocupação com a situação no local. "Meu marido está lá no meio dessa confusão, sem poder voltar pra casa", escreveu uma mulher.

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