Rio - Dez dos 100 trens comprados pelo Governo do Estado vão circular sem o sistema Automatic Train Protection (ATP), que utiliza sensores para acionar freios e sinalização. O sistema é uma exigência há mais de 15 anos. A instalação, que deveria ser feita até o fim do ano passado, não ocorreu porque não estava prevista no contrato com a fabricante, na China.
Enquanto a Agetransp, que reula os transportes no estado, diz que a Supervia já comunicou a conclusão da instalação, a concessionária informou que os 10 trens vão operar, inicialmente, sem o reforço nos freios. Enfatizou ainda que a decisão foi tomada com consentimento da Secretaria Estadual de Transportes.
Apesar da determinação, a Supervia garante que a ausência do ATP não prejudica a segurança das composições. No próximo passo, a Agetransp deve fiscalizar a nova frota. Quatro das novas unidades passaram a circular ainda nesta segunda-feira.
O sistema ATP é adotado no mundo inteiro e permite uma redução segura do intervalo entre as composições. Na malha fluminense, a ideia é diminuir os intervalos em até três minutos.
Além da agilidade, acidentes da história da Supervia poderiam ter sido evitados com o sistema. Um dos mais importantes ocorreu em Mesquita há mais de um ano. Uma composição colidiu na traseira do trem anterior e o acidente resultou em morte e mais de cem feridos.