Por adriano.araujo
Gisele Palhares Gouvêa foi morta na noite deste sábado na Linha VermelhaReprodução Facebook

Rio - A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) ouviu, na tarde desta terça-feira, a mãe e o marido de Gisele Palhares Gouvêa, de 34 anos, médica que foi morta em uma tentativa de assalto, na Linha Vermelha, na noite do último sábado. De acordo com o cirurgião plástico Renato Palhares, a polícia informou que dois homens participaram do crime e que também os agentes já têm a identidade deles e a comunidade de onde eles são. No entanto, Giniton Lages, delegado titular da DHBF, negou as informações passadas pelo médico.

Ainda nesta terça-feira, os policiais tiveram acesso às imagens que mostram parte do trajeto que a vítima fez na ocasião. As câmeras mostram inclusive o momento em que a vítima é baleada e quantos participaram do crime. No entanto, segundo a DHBF, as identificações dos criminosos é mantida sob sigilo, para não atrapalhar as investigações.

"Temos que colocar esses criminosos na cadeia. Há indícios de que foi latrocínio. As imagens não são muito conclusivas, porque ela vinha pelo meio da pista, enquanto as câmeras estavam nas laterais", explicou o marido da vítima, que disse ainda que vai criar o movimento "Viva Gisele" em homenagem à mulher.

A mãe da médica, Rosa Maria Oliveira, foi prestar depoimento junto com a irmã da vítima. Elas ficaram na delegacia de 13h20 as 18h. Antes de prestar depoimento, Renato elogiou a mulher. "Ela era um anjo. Usava a vida para salvar as vidas. O dinheiro agora é o de menos. Se ela estava com R$ 1 ou R$ 3 mil, para mim não faz diferença", destacou o marido.

De acordo com Lages, o resultado do laudo da necrópsia sai ainda hoje e vai ajudar a esclarecer as circunstâncias do crime e posicionar os atiradores. "Algumas informações seguem sob sigilo, temos importantes imagens do local do crime. Queremos traçar as rotas de fugas, para onde foram, de onde são e viram", disse.

Segundo ele, há fortes indícios de tentativa de assalto, mas não é descartada a execução de Gisele. Nesta quarta-feira será feita uma perícia complementar para no local com o carro da vítima, em que será refeito o seu trajeto até o momento de sua morte.

Lages ressaltou a importância do depoimentos nesta manhã dos policiais do Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE) que atenderam a ocorrência. Eles foram os primeiros a chegarem no local do crime e um deles trabalha há 15 anos naquele trecho da Linha Vermelha, esclarecendo que há muitos roubos naquele local e que a via estava bastante movimentada no momento do assassinato.

Relembre o caso

A médica estava sozinha em seu carro e voltava da inauguração do Centro de Acolhimento ao Deficiente (CAD), em Nova Iguaçu, quando, por volta das 19h, ela foi abordada por criminosos e baleada na cabeça. Gisele chegou a ser socorrida no Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, mas não resistiu aos ferimentos. 

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