Por clarissa.sardenberg

Rio- O futuro prefeito do Rio terá inúmeros desafios pela frente, como os próprios candidatos assumiram ao longo da campanha. Três áreas, no entanto, estão entre as prioridades tanto de Marcelo Crivella como de Marcelo Freixo: Saúde, Educação e Segurança.

Na Saúde Pública, o primeiro problema a ser enfrentado tem nome, sobrenome e sigla: Sistema de Regulação de Vagas, ou simplesmente Sisreg, que virou o grande vilão da gestão Eduardo Paes, e o terror dos pacientes da rede pública.

Marcelo Crivella e Marcelo Freixo querem maior presença da Guarda Municipal na vigilância das ruas para aumentar a segurança do cariocaBanco de imagens

“Minha primeira medida como prefeito, se for eleito, será criar um mutirão para acabar com essas filas, sobretudo para cirurgias de menor complexidade, como varizes, pedras no rim e catarata, que tanto sofrimento provocam na população”, diz Marcelo Crivella.

Opostos entre si na prática e no discurso, os candidatos têm, na Saúde, um ponto em comum: o fim das filas.

“Temos nove policlínicas abandonadas que precisam voltar a funcionar imediatamente. Em vez de anunciar novas policlínicas, temos que fazer funcionar as que já existem. E o município precisa trazer, como determina o SUS, a gestão dos leitos federais, que hoje são 4 mil. Isso resolveria o problema”, diz Marcelo Freixo.

A Segurança Pública, que até a última eleição era colocada sempre como uma tarefa de responsabilidade do governo estadual, este ano ganhou o centro das atenções. E do debate político. A Guarda Municipal, tanto com Crivella quanto com Freixo, deve ganhar importância.

“A Guarda, em vez de se dedicar a aplicar multas ao cidadão, passará a se preocupar com a vigilância ostensiva na cidade”, propõe Crivella.
Marcelo Freixo fala em criar um Plano de Cargos e Salários para a categoria e usar a inteligência no combate à violência na cidade.

“O prefeito tem que assumir essa responsabilidade. Precisamos fazer uma mapa da violência na cidade para saber como agir em cada região”.

Diferenças marcantes no ensino público

Os desafios para a educação municipal não são pequenos. Segundo o Tribunal de Contas do Município (TCM), há carência de 25 mil vagas nas creches municipais e faltam professores em 49% das escolas.

A proposta de Crivella é seguir modelo adotado em Belo Horizonte, com parcerias público-privadas para criar 20 mil novas vagas em creches e 40 mil na pré-escola até 2020.

Freixo também fala em ampliar o número de vagas, através de recursos da prefeitura. E implementar o ensino em tempo integral em toda a rede, integrando políticas de esporte, arte e cultura à atual grade curricular, de forma efetiva.

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