Por rafael.nascimento

Rio - A família do vigilante Rafael de Souza Oliveira Monteiro, de 26 anos, morto dentro de casa por uma bala perdida na comunidade Kelson's, na Penha, na tarde de quarta-feira, luta para enterrar a vítima. O corpo está no Instituto Médico Legal (IML) de Duque de Caxias, desde a madrugada de quinta-feira.

Por não terem condições de pagarem o velório — estimado em aproximadamente R$ 3.600 — os parentes de Rafael decidiram fazer uma vaquinha tendo arrecadado, até a tarde desta sexta-feira, apenas R$ 2.300. A esposa da vítima disponibilizou sua conta bancaria e pede a ajuda de parentes e amigos.

Segundo a família, Rafael — que não tem nenhuma passagem pela polícia — foi atingido durante um confronto entre policiais do 16º BPM (Olaria) e traficantes. A vítima chegou a ser socorrida para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha, e logo após transferido para o Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, mas não resistiu aos ferimentos.

Rafael Monteiro%2C 26 anos%2C foi baleado na cabeça e não resistiu Reprodução Internet

Quem puder ajudar a família, com qualquer quantia, pode depositar na Caixa Econômica Federal, em nome de Vilma Dias P. C. Lima. A agência é a 2423, operação 013, conta 00001326-6.

O caso
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O vigilante chegava do trabalho por volta das 15 horas, quando teria começado uma operação do 16º BPM (Olaria). Segundo a família, ele foi atingido durante um confronto entre policiais e traficantes. Rafael chegou a ser levado para o Hospital estadual Getúlio Vargas, na Penha. Mas por falta de um tomografo foi levado para o Hospital estadual Adão Pereira Nunes, em Caxias, onde passou por uma cirurgia, mas não resistiu e morreu na madrugada desta quinta-feira. O corpo do vigilante foi transferido para o Instituto Médico Legal (IML) de Duque de Caxias. Ainda não há previsão para velório e o enterro.
Contradição no registro de ocorrência
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Nesta quinta-feira, segundo a assessoria de imprensa da PM, por telefone,  por volta das 20h40, o comandante do 16º BPM (Olaria) foi informado de que um morador havia sido baleado na Kelson's e ele determinou que uma viatura fosse enviada ao Getúlio Vargas. Ao chegar na unidade de saúde, os PMs teriam confirmado o fato. Ainda de acordo com a corporação, os militares seguiram para a 22ª DP (Penha) e registraram um boletim de ocorrência. No entanto, a Polícia Civil desmente a PM e nega haver qual registro de com o nome de Rafael de Souza Oliveira Monteiro, o vigilante morto, naquela distrital.
De acordo com a Polícia Civil, existe um registro de ocorrência em nome de Rafael, mas feito por um médico na 60ª DP (Campos Elíseos), que pedia a remoção do corpo para o Instituto Médico Legal (IML) de Duque de Caxias. Segundo o órgão, sem o boletim de ocorrência seria impossível que a Delegacia de Homicídios (DH) da Capital fizesse uma perícia no local para descobrir de onde partiu o tiro que matou o vigilante. 
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A Secretaria Estadual de Saúde confirmou que o tomógrafo do Getúlio Vargas está parado a espera de conserto. Segundo a secretaria, Rafael foi atendido por uma equipe de cirurgia geral e de neurocirurgia, depois transferido para o Hospital Estadual Adão Pereira Nunes para uma tomografia de crânio, mas não resistiu e morreu. O órgão no entanto, não esclareceu o motivo da quebra do tomografo.
Reportagem do estagiário Rafael Nascimento
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