Por thiago.antunes
Rio - A oposição protocola na Câmara, quinta, mais um pedido de impeachment de Michel Temer por conta da denúncia do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero que levou à queda de Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), homem forte do governo.
Diferentemente do anterior, encampado só pelo Psol, este contará também com a adesão de PT, PDT e PCdoB. O pedido seria protocolado hoje, mas foi adiado. Na quinta, CUT, MST e UNE poderão enviar manifestantes a Brasília. Acreditam que protestos contra a Reforma da Previdência e o afastamento de Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Senado podem inflar o sentimento pró-impeachment.
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De todos os lados
Até mesmo peemedebistas estão convencidos de que Temer dificilmente chegará ao fim de 2017 no poder. “Ele não tem que tomar cuidado só com a esquerda. A direita também está de olho. Se o governo continuar cambaleando, a direita vai querer botar algum notável na Presidência. Até mesmo para evitar a viabilidade de um nome da esquerda em 2018”, diz um deputado governista.
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O fantasma do TSE
Uma forma de tirar Temer do poder sem fortalecer a esquerda seria via Tribunal Superior Eleitoral, no processo que pode vir a cassar a chapa Dilma-Temer. A hipótese tira o sono de aliados de Temer.
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Palavra tucana
Já Otavio Leite (PSDB-RJ) afirma que Temer tem agido “com equilíbrio”. E que as reformas são indispensáveis para contornar “a crise originária no governo do PT.”
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Fatores
Dois fatores são determinantes para definir a estabilidade de Temer: a situação econômica do país e a divulgação da delação premiada de executivos da Odebrecht.
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Previdência
Deputados dizem que Temer terá muita dificuldade em aprovar a Reforma da Previdência. Especialmente nos quesitos que dizem respeito à regra de transição e ao pagamento de pensões.
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A Mãe Loira e o pedágio
Marcelo Crivella (PRB) reuniu um grupo de vereadores num salão no condomínio onde mora, na Barra, no sábado. “Bem melhor que o Eduardo Paes (PMDB) e o César Maia (DEM), que só nos procuravam antes da eleição”, alfineta a peemedebista Verônica Costa. O prefeito eleito prometeu a ela atuar para que o pedágio da Linha Amarela seja cobrado apenas no sentido Centro.
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Irritação com demora
A demora de Crivella em anunciar o secretariado, no entanto, tem irritado vereadores interessados em participar do governo.