Por rafael.nascimento
Rio - De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) nem o ex-governador Sérgio Cabral e nem sua esposa, a ex-primeira dama Adriana Ancelmo receberam visitas neste domingo. De acordo com a Seap, não há visitação, de parentes e amigos, neste dia nos presídios em que ambos estão.
Casal Sérgio Cabral e Adriana Ancelmo estão em presídios de Bangu Paulo Araújo

O peemedebista voltou ao Rio, neste sábado, exatamente um mês após a sua prisão, feita pela Polícia Federal durante a Operação Calicute, na qual ele é investigado por suspeitas de receber propina para fechar contratos públicos. Cabral, que estava preso em Curitiba, chegou em um avião da PF no Aeroporto do Galeão. Na sexta-feira, o desembargador Abel Gomes, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), determinou que o político voltasse para o Rio.

Após suspeita de irregularidades nas visitas, o juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal, do Rio, ordenou a transferência de Sérgio Cabral para Curitiba. No Paraná, o peemedebista é alvo de um mandado de prisão preventiva expedido pelo juiz federal Sérgio Moro.

A decisão do desembargador federal Abel Gomes atende a pedido da defesa de Sérgio Cabral. O magistrado ordenou "o imediato retorno" do ex-governador ao Presídio Pedro Werling de Oliveira, no Rio. "Sem prejuízo de que as autoridades Judiciárias, do Ministério Público e da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP) prossigam na apuração das infrações eventualmente ocorridas durante as visitações pretéritas, bem como o prosseguimento no controle da manutenção da disciplina interna, com a aplicação das proporcionais sanções disciplinares cabíveis, na forma da LEP, que é o estatuto também aplicável ao preso provisório, no que couber", ordenou o desembargador.

O peemedebista é alvo em duas ações penais: uma na Lava Jato, no Paraná, e outra na Calicute, no Rio. O juiz federal Sérgio Moro abriu ação penal nesta sexta-feira, 16, contra o ex-governador por propina de pelo menos R$ 2,7 milhões da empreiteira Andrade Gutierrez, entre 2007 e 2011, referente às obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), da Petrobras. Sérgio Cabral é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro.
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A Procuradoria da República, no Rio, denunciou Sérgio Cabral por associação criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro. O juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal, do Rio, aceitou a denúncia. Sérgio Cabral é acusado por 164 atos de lavagem de dinheiro e 49 de corrupção passiva.