Por adriano.araujo, adriano.araujo
Rio - Um a petição online pedindo a anulação do edital do concurso para oficiais da PM foi colocada no ar ontem. Ela foi feita por candidatos que se sentem prejudicados com a obrigatoriedade do curso superior em Direito, mudança anunciada pela corporação após dois anos de suspensão de seleções para novos oficiais.
Até as 22h desta quinta-feira, 1.350 assinaturas das 2 mil necessárias para envio do documento ao Ministério Público tinham sido inseridas na rede de ativistas Avaaz, que promove campanhas para mobilizações sociais em torno de um tema.
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“O atual edital exige obrigatoriedade do curso de Direito e a formação de três anos na academia, onde nem para o acesso a postos mais complexo como : Delegado de Polícia, Promotorese outros são exigidos tal tempo. Pedimos a anulação ou alteração deste edital”, diz a petição.

A reformulação da seleção foi idealizada por uma equipe coordenada pelo coronel Robson Rodrigues, em 2014, então chefe do Estado-Maior da corporação. Na época, um plano estratégico foi idealizado junto com a Secretaria de Segurança Pública. Mas, segundo o oficial, o edital não segue o combinado. “Foi acordado como pré-requisito o curso superior ou tecnólogo, em qualquer área. Além disso, o tempo de duração do curso iria reduzir de três para dois anos. A ideia era fazer um plano de carreira e estimular os praças. Muitos praças já possuem curso superior até e se sentem prejudicados com esse edital”, afirmou.

É o caso de um sargento, que preferiu não se identificar, e assinou a petição. “Fiz o curso de tecnólogo em Segurança Pública, na Universidade Federal Fluminense, com intenção de fazer concurso para oficial. Agora, vejo como tempo perdido. Estou muito surpreso com essa exigência”, afirmou.
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Procurada, a secretaria de Segurança Pública e a Polícia Militar não responderam aos e-mails enviados pela reportagem.