Professores levaram cruzes para simbolizar óbitos por covid-19 na categoria após a reabertura das escolas
Professores levaram cruzes para simbolizar óbitos por covid-19 na categoria após a reabertura das escolasDivulgação
Por Natasha Amaral
Rio - O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio (Sepe) realizou, nesta sexta-feira, um ato na frente da Prefeitura do Rio, na Cidade Nova, Região Central do Rio. Na manifestação, que foi transmitida pelas redes sociais do Sepe, profissionais pediram o retorno ao calendário prioritário de vacinação e condições mais seguras para o retorno das aulas presenciais.
Segundo Duda Quiroga, da Secretaria de Assuntos Educacionais (SAE) do Sepe, cinco professores levaram cartazes e cruzes para simbolizar os óbitos por covid-19 entre a categoria após a reabertura presencial das escolas. "Levamos uma cruz grande e um pano vermelho para simbolizar os profissionais de educação que, infelizmente, estão tombando, pegando a covid-19 e morrendo por conta deste retorno irresponsável das escolas".
Publicidade
"São mais de 1300 escolas municipais abertas sem condições reais de retorno, sem a gente estar sendo vacinado. A maioria dos profissionais que estão na ativa atuando têm menos de 50 anos e a educação saiu da lista de prioridades", disse.
Ainda de acordo com a coordenadora, escolas que apresentam casos da doença não estão sendo fechadas. "Não estão fechando as escolas com caso, é preciso ao menos três casos pra escola fechar. Mesmo que tenha gente internada ou gente morta. Estamos em greve pela vida", disse Duda. 
Publicidade
Sindicato dos professores mantém greve
Publicidade
O Sepe informou que é contra a volta às aulas presenciais neste momento por conta do alto índice de contaminações em todo o Estado do Rio. O sindicato emitiu uma nota destacando que as escolas não têm estruturas ou orçamento para adaptações significativas como distribuição de máscara e álcool em gel, ventilação nas salas de aula, garantia de distanciamento, banheiros, limpeza e sanitização suficientes.
Além disso, alunos, pais e professores, dependem do transporte público durante o deslocamento para as unidades, o que o sindicato considera um fator de alto risco para novas contaminações.