Por caio.belandi
Rio - A Polícia Civil anunciou, neste domingo, a prisão de uma mulher de 44 anos, acusada de estupro de vulnerável e tortura praticados contra a sua própria filha, de apenas sete anos. De acordo com a Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), inicialmente a mulher foi presa em flagrante no dia 5 de dezembro, pelo crime de maus tratos contra a filha. A suspeita teria levado a criança ao Hospital Municipal Albert Schweitzer, na Zona Oeste, alegando que a filha havia se ferido em uma queda.
No momento do atendimento no hospital, entretanto, os profissionais observaram que as lesões não eram compatíveis com a história contada e, desconfiados, acionaram a polícia. Ela foi presa em flagrante por maus tratos e, após observadas algumas lesões que sugeriam o abuso sexual na criança, o inquérito foi desmembrado e encaminhado para a DCAV. No dia seguinte, a mulher foi liberada.
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Mulher permitia que homens abusassem da filha
Após o início da investigação, descobriu-se que a suspeita permitia que homens que frequentavam sua casa praticassem sexo e outros atos sexuais com a criança. Dentre os possíveis abusadores, estão o avô de consideração e o próprio pai da menina. A irmã de 12 anos também a agredia.
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No inquérito, uma testemunha contou que a mãe afirmava que a menina tinha sido estuprada e, por isso, tinha que sofrer. Ela agredia a filha com colher de pau, cabo de vassoura, panela, além de mordê-la. Com base nas provas, a Polícia Civil representou pela decretação da prisão da mulher, medida que foi aceita pela Justiça. No momento da prisão, na última sexta, ela fazia mudança para o Morro do Chapadão.
A suspeita já respondeu por lesão corporal e maus tratos praticados contra outra filha, hoje maior de idade. Em 2011, foi condenada por tráfico de drogas.
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Criança segue internada
A criança segue internada sem previsão de alta. Exames médicos apontaram que a menina sofreu fratura do osso nasal, presença de enfisema profundo em partes moles na região cervical baixa, presença de volumosa ascite com laceração pancreática na região próxima do corpo do pâncreas e presença de gás pararretal.
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A investigação segue em andamento para identificar os abusadores da criança e demais envolvidos. Quem tiver qualquer informação que possa colaborar com a investigação, pode entrar em contato com a Central de Atendimento ao Cidadão (CAC) da Polícia Civil pelos telefones (21) 2334-8823 e 2334-8835, bem como pelo chat https://cacpcerj.pcivil.rj.gov.br.