Por gabriela.mattos
Rio - O ano de 2017 chegou, mas para cariocas e fluminenses que dependem da rede estadual de Saúde o caos continua o mesmo. A tendência, entretanto, é que piore já que os servidores entraram em greve. Na pauta de reivindicações estão o pagamento de dois meses de salário e o 13º.
Apesar de a Secretaria de Saúde garantir que os serviços não foram prejudicados, quem esteve, na manhã de ontem, no Centro Estadual de Diagnóstico por Imagem (Rio Imagem), teve de voltar para casa sem atendimento.
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"Estou há três meses para pegar apenas o resultado de uma ressonância magnética sem a qual não consigo fechar o diagnóstico da minha esposa. Já reclamei na Ouvidoria. Fui até bem atendido, mas disseram que não há o que fazer e que o volume de reclamações é infinito ", lamentou Sergio Barbosa Pereira, de 50 anos.
Ana Lucia%3A dois meses à espera do resultado de uma tomografia Maíra Coelho / Agência O Dia

Moradora de Santa Cruz, bairro mais distante do Centro, Ana Lucia dos Santos, de 59 anos, vive calvário parecido: está há dois meses esperando o resultado de uma tomografia no crânio. "A gente sempre espera que o Ano Novo seja melhor do que o que passou. Mas continuamos na mesma", lamentou.

Segundo o diretor da Associação Servidores Vigilância Sanitária, André Ferraz, o objetivo da greve não é fechar hospitais. “A atividade de salvar vidas não pode parar”, afirmou Ferraz, garantindo que apenas 38% dos servidores da Saúde, algo em torno de cinco mil, receberam. O Governo, por outro lado, garante que 70% da categoria teve o salário de novembro depositado. As 16 unidades de saúde do estado estão sob a gestão de Organizações Sociais (OSs).