Por gabriela.mattos
Rio - Se as previsões sobre a chicungunha se confirmarem, a epidemia que se avizinha vai infectar 10 vezes mais cariocas do que a pandemia da dengue, em 2008, quando 125 mil pessoas ficaram doentes. Pelas estimativas da Secretaria Municipal de Saúde, metade da população da cidade do Rio corre o risco de infecção.
“O perfil de imunidade das pessoas em relação à chicungunha é muito baixo, então elas ficam mais suscetíveis ao vírus”, explicou o secretário Carlos Eduardo de Mattos. Os especialistas da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) estimam número bem menor de doentes, mas também assustador: cerca de 20% da população do Rio (1,3 milhão) pode pegar a febre chicungunha.
Publicidade
Ontem, a Secretaria Municipal de Saúde iniciou treinamento para reforçar os protocolos clínicos em diagnóstico e tratamento da dengue, zika e chicungunha. O trabalho faz parte da preparação para o risco de epidemia.
“Nós chamamos os líderes das regiões, e eles vão sofrer esse tipo de ‘intensivão’. E terão a obrigação de repassar às unidades”, explicou o secretário, que também destacou a importância da prevenção e da mobilização de todos em prol do combate ao mosquito Aedes aegypti. “82% dos focos do Aedes estão dentro dos domicílios”, disse Mattos, que acompanhou o prefeito Marcelo Crivella em ação contra o mosquito na Rocinha, ontem.