Por rafael.nascimento
Rio - A diretora de uma escola particular de São Gonçalo foi executada a tiros, na entrada da unidade, às 8h desta quinta-feira. Uma das hipóteses de motivação pelo crime investigadas é que Rosemary de Sousa, de 52 anos, que era dona da instituição de ensino infantil, tenha sido assassinada a mando de traficantes. Isto porque ela impedia a atuação dos bandidos perto do colégio, no bairro Marambaia. Segundo testemunhas, dois homens em uma moto sabiam o nome da vítima e deixaram outras duas mulheres que estavam com ela irem embora, antes de matá-la.  
Mulher teria sido morta a mando de traficantes da localidade Reprodução

Uma das funcionárias que viu a cena e não quis se identificar, contou o que aconteceu: “Os homens armados mandaram as funcionárias entrarem na escola. Depois perguntaram onde estava a dona da escola, que eles tinham um envelope para entregar para ela. A Rosemary respondeu que a dona não estava ali. Bandidos disseram: ‘Tá sim porque é você’. E atiraram nela”, contou.

Dona da Escola de Ensino Fundamental (EDEF), Rosemary chegou a ser socorrida e levada no Hospital Estadual Alberto Torres.

Policiais buscaram pistas dos assassinos e até um computador foi levado da escola pelos agentes que investigam pelo menos duas possibilidadesMaíra Coelho / Agência O Dia

A filha de Rosemary estava presente no local no momento do crime. O clima é de comoção na escola por conta da tragédia e há um aviso de fechamento por luto devido ao falecimento.

Segundo o sobrinho da vítima, José, a escola já havia sofrido assaltos no passado e essa é uma possibilidade, mas é estranho que os atiradores tenham perguntado pelo nome da vítima.

A Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG) investiga o assassinato. Policiais da especializada estiveram no local, e peritos fizeram um trabalho em busca de evidências deixadas pelos autores da morte da mulher e até um computador foi levado da escola pelos agentes. Até a publicação desta reportagem, ninguém havia sido preso.

Investigação

Outra linha de investigação que será apurada pela polícia é um processo de litígio envolvendo a vítima. Segundo o delegado Fábio Barucke, titular da DHNSG, parentes e conhecidos poderão ser chamados para prestar depoimento.

"Estamos apurando todas as hipóteses. Mas vamos ouvir algumas pessoas para entender também essa disputa judicial. Temos que identificar os criminosos que estavam na moto”, ressaltou o delegado.

Com reportagem de Maíra Coelho