Empresário tinha mandado de prisão expedido e foi preso pela Polícia Federal no desembarque do voo que veio de Nova York
Por adriano.araujo, adriano.araujo
Rio - O empresário Eike Batista chegou ao Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, pouco antes das 10h desta segunda-feira e recebeu voz de prisão de agentes da Polícia Federal (PF). Incluído na lista de procurados pela Interpol, ele embarcou na noite deste domingo no Aeroporto John F. Kennedy, de Nova York, nos Estados Unidos, em um voo da American Airlines com destino ao Rio. O voo chegou cerca de 30 minutos antes do previsto. Depois de passar pelo Instituto Médico Legal (IML), onde realizou exame de corpo de delito, ele seguiu para o presídio Ary Franco, em Água Santa.
Assim que o avião pousou na pista do aeroporto, Eike foi preso por agentes da Polícia Federal que já o esperavam e foi colocado dentro de um veículo. Ele foi levado para o Instituto Médico Legal (IML), onde passou por exame de corpo de delito. Por volta das 11h, Eike seguiu para o presídio Ary Franco, em Água Santa, onde o seu advogado já estava presente. A PF não informou quando ele irá prestar depoimento, o que deve ocorrer nesta terça-feira.
Eike deixou o Brasil com destino a Nova York no fim da noite de terça-feira, cerca de 30 horas antes da deflagração da Operação Eficiência, que desbaratou o esquema de envio de mais de R$ 340 milhões de propina para o exterior.
A prisão do empresário foi decretada em 13 de janeiro, mas o mandado só foi “para a rua” nesta quinta-feira, com a deflagração da operação. No dia da operação, a Polícia Federal chegou a ir na casa do empresário, na Zona Sul do Rio, mas ele já não estava lá. Os advogados informaram que Eike viajou a trabalho para Nova York e que voltaria ao Brasil para se entregar. A Polícia Federal o considerou foragido e a Interpol incluiu seu nome na lista de captura internacional.