O empresário viajou para Nova York na última terça-feira e teria usado um passaporte alemão. As investigações apontam que Eike e Godinho pagaram US$ 16,5 milhões ao ex-governador Sérgio Cabral em troca de benefícios em obras e negócios do grupo, usando uma conta fora do país. Eike, Godinho e Cabral também são suspeitos de terem obstruído as investigações.
Imagens mostram momento do embarque
Divulgadas nesta sexta-feira, imagens das câmeras de segurança do Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão) mostram o momento em que Eike embarcou para Nova York na última terça-feira. Na ocasião, ele vestia uma calça jeans e um paletó preto. O voo do empresário estava marcado para 11h30.
Patrimônio de quadrilha é um 'oceano'
Em entrevista à imprensa sobre a Operação Eficiência, o procurador da República, Leonardo Freitas, que participa da força-tarefa, disse que os valores movimentos pelo ex-governador Sérgio Cabral em contas ilegais no exterior podem chegar a US$ 100 milhões (cerca de R$ 340 milhões). Segundo ele, esses valores ainda não podem ser precisados.
"O patrimônio dos membros da organização criminosa chefiada por Sérgio Cabral é um oceano ainda não totalmente mapeado”, disse o procurador, na entrevista, na sede da Polícia Federal no Rio.
A operação teve como base depoimentos, dos delatores Renato Hasson Chebar e Marcelo Hasson Chebar, que são irmãos e atuavam no mercado financeiro. Eles decidiram colaborar espontaneamente com a força-tarefa e estão envolvidos na remessa de US$ 100 milhões do ex-governador para paraísos fiscais e dos US$ 16,5 milhões pagos por Eike Batista em propina. De acordo com as investigações, os irmãos utilizaram várias contas no exterior para dividir o dinheiro enviado por Cabral. Uma delas, a primeira, tinha o nome de Eficiência, que acabou dando nome à operação.
Com informações do Estadão Conteúdo