Segundo uma mulher que não quis se identificar, o grupo se revezará em turnos (manhã, tarde e noite) e não pretende sair da porta do batalhão até que o governador Luiz Fernando Pezão pague todos os atrasados dos PMs, incluindo as gratificações. As mulheres levaram mantimentos, barracas e cadeiras para o local.
"Quem saiu, saiu, mas a partir de agora não vai sair mais ninguém, as viaturas só podem entrar no batalhão. Vamos ficar aqui até o pagamento dos atrasados. Medo nós temos, mas a necessidade é muito maior, as nossas contas estão atrasadas", disse uma esposa de um PM.
Uma policial militar de folga, que também está protestando junto com as mulheres, disse que nunca viu uma situação como esta. "Tenho 15 anos de polícia militar e nunca vi uma situaçao como essa. Meu aluguel está atrasado, minha conta de luz também. Conheço pensionistas que estão pedindo cestas básicas por conta do salário atrasado. Infelizmente, sabemos que isto gera transtorno, mas é a única forma de o governo atender as nossas necessidades", desabafou ela.
Na Coordenação de Polícia Pacificadora (CPP), em Bonsucesso, alguns PMs tentaram fugir por uma escada, mas as mulheres retiraram o objeto do local.
Segundo a assessoria das UPPs, a rendição foi feita normalmente e o patrulhamento no entorno segue conforme a rotina. No entanto, tanto na UPP do Jacaré, quanto no Complexo do Alemão, não houve rendição até às 10h20.
Colaborou o estagiário Rafael Nascimento