Ela foi decretada no Rio num momento em que o estado enfrenta protestos de familiares de policiais e de manifestações sobre a votação da privatização da Cedae. O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou que os militares estão no Rio para liberar o efetivo da PM, visando às manifestações. “A ideia de usar as Forças Armadas para defender a Assembleia (Legislativa) dos manifestantes é perigosa e coloca as mesmas em uma situação muito delicada”, disse sociólogo Ignácio Cano.
Logo nas primeiras 24 horas, homem é morto a tiros após assalto
Os militares começaram a patrulhar Niterói, São Gonçalo e pontos da capital no final da tarde de terça-feira, após um pedido do governador Luiz Fernando Pezão feito ao presidente Michel Temer de reforço na segurança. Nove mil militares foram escalados para a ação e vão permanecer no Rio até dia 2 de março e não mais até o próximo dia 22, como previsto inicialmente.
Os crimes ocorreram na Avenida Brasil e paralisaram o trânsito na região, provocando longas filas. De acordo com a Polícia Civil, os fuzileiros patrulhavam a Região Portuária quando perceberam um assalto em andamento. Segundo testemunhas, o morto, que não teve a identidade revelada, fazia parte de uma quadrilha que havia assaltado dois motociclistas e passageiros de um ônibus momentos antes.
Segundo uma vítima, cinco bandidos armados aproveitaram o momento em que o motorista de um ônibus da linha 2303 (Cesarão x Largo da Carioca) parou em um ponto, por volta das 6h, para invadir o coletivo. “Eles apontavam as armas e ameaçavam matar todos os passageiros. Na ação, roubaram celulares, carteiras e até a aliança de algumas pessoas. Um homem quase foi morto porque o anel ficou preso no dedo. Foi horrível”, desabafou. Após roubar os passageiros, a quadrilha desceu do ônibus na altura da Rodoviária. Depois disso, o grupo se dividiu na via e passou a praticar outros assaltos.
Na primeira ação, dois criminosos renderam um motociclista e tentaram fugir em direção à Avenida Francisco Bicalho. Uma testemunha contou que outros três integrantes do grupo davam cobertura. Como a moto possuía bloqueador, os bandidos abandonaram o veículo. Minutos depois, a dupla assaltou outro motociclista, mas, durante a abordagem, foi surpreendida pelos fuzilieros. Segundo o delegado da 17ª DP (São Cristóvão), Mario Luiz da Silva, os bandidos atiraram e iniciaram o confronto. O assaltante que estava na garupa foi baleado na cabeça e morreu no local. Já o bandido que pilotava o veículo e os outros três comparsas fugiram.